tag:blogger.com,1999:blog-44816718161209224632024-03-13T22:59:34.287-03:00Utopus EvandirUtopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.comBlogger104125tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-67325138114827064312012-02-25T11:36:00.004-02:002012-02-25T11:51:28.630-02:00PHA EXPLICA O "NEGRO DE ALMA BRANCA" DA GLOBO<a href="http://4.bp.blogspot.com/-bmbXsXr-u38/T0jnPvyDqgI/AAAAAAAAAGw/oVjZlLIsc1M/s1600/liberdade-de-expressao_tv%255B1%255D.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713070385029949954" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 141px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-bmbXsXr-u38/T0jnPvyDqgI/AAAAAAAAAGw/oVjZlLIsc1M/s320/liberdade-de-expressao_tv%255B1%255D.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div>Argumentos que Paulo Henrique Amorim apresentou oralmente na audiência de conciliação com o jornalista Heraldo Pereira da Globo, que o processava por racismo, por dizer que Heraldo era "negro de alma branca" e empregado de Gilmar 'Dantas'... </div><br /><br /><br /><div>É uma das mais belas exposições que li sobre o tema...</div><br /><br /><br /><div>É uma aula de jornalismo coerente e engajado...</div><br /><br /><br /><div>É uma das mais ousadas e corajosa crítica a Globo e a seus baba-ovos...</div><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><div>SOU JORNALISTA HÁ 51 ANOS.FUI ESTAGIÁRIO DO JORNAL A NOITE EM 1961.COMECEI ENTÃO A FINANCIAR OS PRÓPRIOS ESTUDOS.TRABALHEI NA REVISTA MANCHETE E NA REALIDADE, ENTÃO, A MAIS IMPORTANTE DO PAÍS.AINDA NA EDITORA ABRIL, ABRI O ESCRITÓRIO DA REVISTA VEJA EM NOVA YORK COM 25 ANOS.FUI EDITOR DE ECONOMIA DA REVISTA VEJA E DIRETOR DE REDAÇÃO DA REVISTA EXAME.EDITOR DE ECONOMIA , REDATOR CHEFE E DIRETOR DE REDAÇÃO DO JORNAL DO BRASIL, QUANDO ERA O MELHOR JORNAL DO BRASIL.DIRETOR DE JORNALISMO DA TEVÊ MANCHETE.EDITOR DE ECONOMIA, COLUNISTA DE ECONOMIA DO JORNAL DA GLOBO, ÂNCORA E DIRETOR DA REDE GLOBO NO ESCRITÓRIO EM NOVA YORK.ÂNCORA E EDITOR DO PROGRAMA JORNAL DA BAND.ÂNCORA E EDITOR DO PROGRAMA FOGO CRUZADO, NA BANDEIRANTES.ÂNCORA E EDITOR DO PROGRAMA “CONVERSA AFIADA” , DA TV CULTURA – ÚNICO PROGRAMA DIÁRIO, EM TEVÊ ABERTA, NO HORÁRIO NOBRE, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE, POR DOIS ANOS.SOU ÂNCORA DO PROGRAMA DOMINGO ESPETACULAR, A SEGUNDA MAIOR AUDIÊNCIA DA TEVÊ BRASILEIRA, AOS DOMINGOS.HÁ DEZ ANOS SOU RESPONSÁVEL PELO SITE CONVERSA AFIADA QUE, EM 2012, ENTRE 100 MIL BLOGS DO BRASIL, FOI O MAIS VOTADO NUMA ELEIÇÃO DA RESPEITADA EMPRESA DE ADMINISTRAÇÃO DE PRODUTOS NA INTERNET, A TOP OF MIND.NA MESMA ELEIÇÃO, O CONVERSA AFIADA FOI ELEITO O MAIS IMPORTANTE BLOG POLÍTICO DO PAÍS.DIGO ISSO PARA RESSALTAR QUE, COMO O AUTOR, TIVE UMA ORIGEM HUMILDE, DE PAIS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DE BAIXA REMUNERAÇÃO, QUE TEVE QUE TRABALHAR MUITO PARA ESTUDAR E SUBIR NA VIDA.O AUTOR NÃO TEM O MONOPÓLIO DA LUTA CONTRA A ADVERSIDADE.OU DA CAPACIDADE DE SUPERÁ-LA.ISSO NÃO QUALIFICA A DENÚNCIA DELE.PELO MENOS DIANTE DESTE SUPOSTO RÉU.EM 51 ANOS DE CARREIRA, COMO REPÓRTER, REDATOR, EDITORIALISTA, ARTICULISTA, ÂNCORA OU EDITOR J A M A I S , N U N C A- SUSPEITARAM- INSINUARAM- OU ME ACUSARAM DE RACISMOOU SEQUER DE PRECONCEITO CONTRA NEGROS, JUDEUS, ÍNDIOS, PALESTINOS, NORDESTINOS, BOLIVIANOS, HOMOSSEXUAIS, TRAN-SEXUAIS OU QUALQUER MINORIA OU SEGMENTO SOCIAL.AO CONTRÁRIO.OS AUTOS DEMONSTRAM QUE SOU UM DEFENSOR DAS POLÍTICAS QUE IMPEDEM E COMBATEM O RACISMO E O PRECONCEITO.QUERO AQUI AGRADECER O GENEROSO TESTEMUNHO DO DEPUTADO EDSON SANTOS, DO PT DO RIO, EX-MINISTRO DA IGUALDADE RACIAL, E JEAN WILLYS, DO PSOL DO RIO, QUE LUTA PELA CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA.OS DOIS SE DISPUSERAM A DEPOR A MEU FAVOR NESTA CAUSA, SE FOSSE NECESSÁRIO.AGRADEÇO TAMBÉM AO SENADOR PAULO PAIM, DO PT DO RIO GRANDE DO SUL, PAI DO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL, QUE DEU UM TESTEMUNHO EM MINHA DEFESA, ESPECIALMENTE PARA ESTA AÇÃO, ONDE ATESTA QUE JAMAIS MANIFESTEI QUALQUER ATO OU IDEIA DE CARÁTER RACISTA.AO CONTRÁRIO.DEFENDO, POR EXEMPLO, AS COTAS PARA NEGROS NAS UNIVERSIDADES -POLÍTICA QUE O SUPOSTO RÉU DEFENDE DESDE QUE, CORRESPONDENTE DA GLOBO NOS ESTADOS UNIDOS, PODE ACOMPANHAR SEUS EFEITOS BENÉFICOS PARA NEGROS QUE NASCEM NA ADVERSIDADE.NUNCA EM 51 ANOS DE ATIVIDADE PÚBLICA , À VISTA DE TODOS, EM REDE NACIONAL, DISSERAM, INSINUARAM OU SUSPEITARAM QUE EU FOSSE RACISTA.OU QUE, COMO ACUSA O AUTOR, INCITASSE O RACISMO.ESSE MESMO SITE NA INTERNET, AGORA ACUSADO DE SER UM INSTRUMENTO DO RACISMO, UMA ESPÉCIE DE MEIN KAMPF DA BLOGOSFERA, ESSE MESMO CONVERSA AFIADA DIVULGOU DEZENAS DE TEXTOS CONTRA O RACISMO E O PRECONCEITO.E A FAVOR DA COTAS.ISSO ESTÁ FARTAMENTE DOCUMENTADO NOS AUTOS.NÃO HÁ UMA FRASE, UM ATO, UMA PALAVRA, UM GESTO, EM 51 ANOS NA VITRINE DA IMPRENSA, QUE POSSA OU QUE J A M A I S TENHA SIDO ASSOCIADO A RACISMO.SOBRE A EXPRESSÃO “NEGRO DE ALMA BRANCA”, QUE PARECE SINTETIZAR A ACUSAÇÃO, ESSA, SIM, INFAMANTE, QUERO PONDERAR.PRIMEIRO, O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO NÃO É UNIVOCO.ELA SE ASSOCIA, POR EXEMPLO, A ZUMBI DOS PALMARES, UM HERÓI DA RESISTÊNCIA DOS NEGROS QUE NÃO SE SUBMETEM À OPRESSÃO.TAMBÉM SE EMPREGOU EM RELAÇÃO AO PAI TOMÁS , SEM NENHUMA CONOTAÇÃO OFENSIVA – E MUITO MENOS RACISTA.UM DOS SIGNIFICADOS DA EXPRESSÃO – QUE, ADMITO, POSSA MELINDRAR E, SE ASSIM FOR, LAMENTO PROFUNDAMENTE – UM DOS SIGNIFICADOS CORRENTES E USUAIS É PARA DESCREVER O NEGRO QUE NÃO DEFENDE NEM SE DEFENDE DO RACISMO E DOS RACISTAS.É A ACEPÇÃO A QUE RECORRI.NEGRO DE ALMA BRANCA É O NEGRO QUE NÃO OLHA PARA TRÁS – PARA A CHAGA DA ESCRAVIDÃO, OU, COMO DIRIA JOAQUIM NABUCO:“NÃO BASTA ACABAR COM A ESCRAVIDÃO. É PRECISO DESTRUIR SUA OBRA.”É A OBRA QUE ESTÁ ABERTA AINDA HOJE, COMO COMPROVAM AS ESTATÍSTICAS DO IBGE, DOS CÁRCERES BRASILEIROS, DAS CRACOLÂNDIAS.NEGRO DE ALMA BRANCA PODE SER AQUELE QUE NÃO ASSUME A SUA PRÓPRIA CONDIÇÃO DE NEGRO PARA COMBATER O RACISMO E O PRECONCEITO CONTRA O NEGRO.CONTRA ELE, CONTRA A MÃE, O PAI, OS IRMÃOS.É O NEGRO QUE OLHA PARA OUTRO LADO.QUE FINGE QUE NÃO VÊ.ACHA QUE NÃO É COM ELE.NEGRO DE ALMA BRANCA DE PRESTÍGIO, UMA CELEBRIDADE, É O NEGRO QUE NÃO SE VALE DA POPULARIDADE E DO PRESTÍGIO PARA DEFENDER O NEGRO PRESO À CORRENTE DA ADVERSIDADE.NEGRO DE ALMA BRANCA PODE SER TAMBÉM AQUELE QUE SE PRESTA A COONESTAR AS POSIÇÕES, AS TESES DE QUEM É CONTRA OS DIREITOS CIVIS DOS NEGROS OU DOS QUE COMBATEM AS POLÍTICAS QUE PODEM DAR INDEPENDÊNCIA ECONÔMICA E RECONHECIMENTO SOCIAL AOS NEGROS.SÃO AQUELES QUE DEFENDEM PSEUDO POLÍTICAS ANTROPOLÓGICAS QUE CONGELAM A DESIGUALDADE E A DISCRIMINAÇÃO.NESSE PAÍS DE MAIORIA NEGRA MORREM MAIS NEGROS QUE BRANCOS NA MESMA FUNÇÃO.HÁ MENOS NEGROS NAS FACULDADES.QUANTOS NEGROS HÁ NA MAGISTRATURA ?A CARA DA MISÉRIA, A CARA DA POBREZA NO BRASIL, É NEGRA.ESSA É UMA QUESTÃO CENTRAL DA DEMOCRACIA BRASILEIRA – E O LOCALPARA DISCUTÍ-LA NÃO É NESTA SALA, COM ESTE TIPO DE AÇÃO, QUE NÃO PASSA DE UMA PERIPÉCIA, UMA MANIFESTAÇÃO DE PODER.DE PODER PARA TENTAR MANIPULAR O SISTEMA JUDICIÁRIO EM BENEFÍCIO DO AUTOR, FUNCIONÁRIO DA MAIS PODEROSA EMISSORA DE TEVÊ DA AMERICA LATINA, ONDE OCUPA CARGO DE PRESTÍGIO E DESTAQUE. NA MINHA MODESTA OPINIÃO, TODO NEGRO DEVERIA DEFENDER O NEGRO.ESPECIALMENTE SE FOR FAMOSO, TIVER PRESTÍGIO.ESPECIALMENTE SE DISPÕE DO PÚLPITO DA REDE GLOBO.ESTIVE NESSE PÚLPITO GLOBAL, TOTAL, POR DEZ ANOS E SEI O QUANTO ELE VALE.VALE MUITO, PARA, EM ATIVIDADES PÚBLICAS, ATIVIDADES QUE DERIVAM DO FATO DE SER UM PROFISSIONAL DA GLOBO, PODER DEFENDER CAUSAS NOBRES.POR EXEMPLO, COMBATER O RACISMO E A DISCRIMINAÇÃO – COMO FEZ ESTE SUPOSTO REU EM ATIVIDADES PÚBLICAS NOS ESTADOS UNIDOS E NO BRASIL.É O PÚLPITO QUE DÁ DIMENSÃO AO TRABALHO ARTÍSTICO E POLÍTICO – NÃO PARTIDÁRIO – DE MILTON NASCIMENTO, LECY BRANDÃO, LÁZARO RAMOS E, SOBRETUDO, DE MARTINHO DA VILA, UM DIVULGADOR INCANSÁVEL DA CULTURA AFRICANA E SEU ENRAIZAMENTO NA CULTURA BRASILEIRA.E ENFATIZO O PAPEL DE MARTINHO, MARTINHO DA VILA.ASSIM COMO O DE MARTIN, MARTIN MARTINHO LUTHER KING JR, O DOCTOR KING – SEM DÚVIDA, O DR KING, COMO MARTINHO, NÃO ERA UM NEGRO DE ALMA BRANCA.MARTINHO … MARTINHO LUTERO, QUE SE INSURGIU CONTRA AS VERDADES ESTABELECIDAS E CONGELADAS.CRITICO TAMBÉM A GLOBO.E SEU IDEÓLOGO, SUA IDEOLOGIA.MEU PROBLEMA COMO CIDADÃO DE UMA REPÚBLICA LAICA, ONDE DEVE IMPERAR A DEMOCRACIA, É, NO CASO EM TELA, NESTA ACUSACAO, COM A GLOBO.CONCESSIONÁRIA DE UM BEM PÚBLICO – O ESPECTRO ELETRO-MAGNETICO – A GLOBO CONGELA A DESIGUALDADE. CRISTALIZA SUPOSTAS VERDADES CONVENIENTES, APROPRIADAS, QUE TOMAM A FORMA DE DOGMAS.GLAMURIZA A INJUSTIÇA.E, SOBRETUDO, IMPEDE O DEBATE.OMITE A DISCUSSÃO SOBRE POLÍTICAS QUE COMBATAM A DESIGUALDADE.FECHA A PORTA À VÍTIMA DA INJUSTIÇA.ATRIBUI-SE AO FUNDADOR DA REDE GLOBO, O EMPRESÁRIO ROBERTO MARINHO, A FRASE SÍNTESE DESTE MONOPÓLIO:O IMPORTANTE – DIZIA ELE – NÃO É O QUE A GLOBO DIVULGA, MAS O QUE … NÃO … DIVULGA !A MINHA CRÍTICA – EXPRESSA NOS TEXTOS EM QUE SE SUSTENTA O AUTOR – É A ESSA POLÍTICA E A SEU IDEÓLOGO, AQUELE QUE, NOS MEIOS JORNALÍSTICOS , É CHAMADO DE CARDEAL RATZINGER DA GLOBO, O GUARDIÃO DA FÉ DE ROBERTO MARINHO.É O JORNALISTA ALI KAMEL, O MAIS PODEROSO DIRETOR DE JORNALISMO DA HISTÓRIA DA REDE GLOBO.E ESTE SUPOSTO RÉU CONVIVEU COM OS OUTROS TRÊS .NENHUM TEVE TANTO PODER QUANTO KAMEL.TRATA-SE DE UM PSEUDO ANTROPÓLOGO OU FALSO BIÓLOGO QUE SUSTENTA O DISPARATE DE QUE NO BRASIL QUASE NÃO HÁ NEGROS.HÁ, SIM, SEGUNDO O SUPOSTO CARDEAL, PARDOS.E PARDOS, PORQUE NÃO SÃO NEGROS, NÃO PRECISAM DE COTAS PARA ENTRAR NA UNIVERSIDADE.E ISSO O QUE EU CRITICO.E PORQUE USOU – ELE, SIM, KAMEL – O PÚLPITO DA GLOBO E DO JORNAL O GLOBOPARA ESCREVER UM LIVRO COM TÍTULO QUE É SABIDAMENTE UMA FRAUDE.O TÍTULO É … NÃO SOMOS RACISTAS.ONDE COMBATE FEROZMENTE AS COTAS RACIAIS.A CRÍTICA DESTES ARTIGOS EM QUESTÃO É À IDEOLOGIA QUE NUTRE O RESPONSÁVEL PELA POLÍTICA EDITORIAL DA MAIOR REDE DE TELEVISÃO DA AMÉRICA LATINA.A GLOBO NÃO É UMA ABSTRAÇÃO.ELA É FEITA DE HOMENS DE CARNE, OSSO E IDEIAS.A GLOBO TEM IDEIAS, IDEOLOGIA – E ACIMA DE TUDO, INTERESSES.INTERESSES POLÍTICOS.E ISSO DEVERIA SER DISCUTIDO NOUTRO FORUM, QUE NÃO ESSE, QUE O AUTOR NOS IMPÕE.COMO JORNALISTA E HOMEM PÚBLICO TENHO UMA TRADIÇÃO DE CRITICAR A GLOBO.ISSO TAMBÉM ESTÁ NOS AUTOS.O TÍTULO DA REPORTAGEM EM TELA FALA POR SI MESMO:“A GLOBO MENTE EM REDE NACIONAL E DESMENTE EM REDE LOCAL”O QUE É INACEITÁVEL DO PONTO DE VISTA ÉTICO.COMO DISSE A PEÇA INICIAL NA DEFESA QUE FIZ NO CRIME – SIM, PORQUE ME PROCESSAM POR UM CRIME TAMBEM -” NEGRO DE ALMA BRANCA É O NEGRO BEM SUCEDIDO QUE NÃO DEFENDE OS NEGROS – QUE DESMENTE A NECESSIDADE DE POLÍTICAS FOMENTADORAS DA IGUALDADE RACIAL E CORROBORA A TESE DE ALI KAMEL DE QUE O BRASIL NAO É RACISTA.”O COMPORTAMENTO PUBLICO E PROFISSIONAL DO AUTOR É, ASSIM, A CONFIRMACAO DA TESE DO ALI KAMEL.E A PERIPECIA DO AUTOR É DIZER QUE ISSO É UMA FORMA DE RACISMO…SE BARACK OBAMA OU PELÉ FOSSEM À JUSTICA TODA VEZ QUE OS CHAMAM DE NEGROS DE ALMA BRANCA, O SISTEMA JUDICIAL BRASILEIRO E AMERICANO NAO FARIA OUTRA COISA !RECENTEMENTE, UM DOS MAIS RESPEITADOS INTELECTUAIS AMERICANOS, CORNELL WEST, PROFESSOR DE HARVARD E PRINCETON, CHAMOU O PRESIDENTE BARACK OBAMA DE NEGRO DE ALMA BRANCA, PORQUE , SEGUNDO ELE, SE VENDEU A WALL STREET.CORNELL WEST É NEGRO E USA CABELO AFRO.A CRITICA QUE FIZ NO CONVERSA AFIADA NAO FOI UMA OBSERVACAO SOBRE A ETNIA DO QUERELANTE – NEM DE ALI KAMEL, DE ORIGEM PALESTINA.FOI UMA CRITICA POLITICA.UMA CRITICA À IDEOLOGIA DA GLOBO.QUERO ME REPORTAR AQUI À NOTAVEL CONTRIBUIÇÃO DA GLOBO À CULTURA BRASILEIRA.ESTE PRODUTO IMPORTADO CHAMADO BIG BROTHER BRASIL, TAMBÉM CHAMADO DE BIG BROTHEL BRASIL.QUERO INVOCAR TAMBÉM O DEPOIMENTO DE MINO CARTA, PROVAVELMENTE O MAIOR JORNALISTA BRASILEIRO E MEU MENTOR, DESDE QUE FOI MEU CHEFE NA REVISTA VEJA.COMO TODOS SABEM, O BIG BROTHER BRASIL OFERECEU AO PUBLICO BRASILEIRO UMA CENA SUB-EDREDÔNICA ONDE SE SUSPEITA TER OCORRIDO UM ESTUPRO.O SUSPEITO DE PRATICAR O ESTUPRO É UM MODELO PROFISSIONAL, NEGRO, DE NOME DANIEL.VEJA O QUE DIZ MINO CARTA SOBRE NEGROS DE ALMA BRANCA E A GLOBO.Quanto ao Big Brother, é de fonte excelente a informação de que a produção queria um “negro bem-sucedido”, crítico das cotas previstas pelas políticas de ação afirmativa contra o racismo. Submetido no ar a uma veloz sabatina no dia da estréia, Daniel Echaniz, o negro desejado, declarou-se contrário às cotas e ganhou as palmas febris dos parceiros brancos e do âncora Pedro Bial . [...]E não é que este Daniel, talvez negro da alma branca, é expulso do programa do nosso inefável Bial? Por não ter cumprido algum procedimento-padrão, como a emissora comunica, de fato acusado de estuprar supostamente uma colega de aventura global, como a concorrência divulga”.COMO DIZ O MINO CARTA, EM OUTRO CONTEXTO:A EXPRESSÃO “NEGRO DE ALMA BRANCA” É EXATAMENTE UMA CRITICA AO RACISMO.SÓ A GLOBO TEM O DIREITO DE TER OPINIÃO NESTE PAÍS ?O DIREITO DE ESTABELECER QUEM DEVE E QUEM NAO DEVE ENTRAR NAS UNIVERSIDADES ?QUEM É RACISTA OU NÃO ?QUEM PODE TRABALHAR COM O PEDRO BIAL, SENDO NEGRO ?MINO CARTA DÁ A IMPRESSÃO DE QUE EXISTE UM TESTE DE HIGIENE IDEOLOGICA NA GLOBO.SIM.PORQUE NÃO HÁ NOTICIA DE UM NEGRO QUE TRABALHE NO JORNALISMO DA GLOBO QUE TENHA DEFENDIDO PUBLICAMENTE AS COTAS RACIAIS PARA A UNIVERSIDADE.NÃO SÃO MUITOS OS NEGROS, ALI NAQUELA VITRINE PODEROSA.E OS POUCOS NÃO DEFENDEM AS COTAS – POR QUE SERÁ ?ESTA NÃO É UMA AÇÃO PENAL !O QUE SE JULGA AQUI É A LIBERDADE DE EXPRESSÃO.E NAO A SIMPLES LIBERDADE DE IMPRENSA DO ROBERTO MARINHO, SEUS HERDEIROS E ALI KAMEL.A LIBERDADE DE PENSAR E SE EXPRIMIR DIFERENTE DA GLOBO.DE NAO SE SUBMETER A UM PROCESSO DE HIGIENIZAÇÃO IDEOLOGICA.QUERO RELEMBRAR, AQUI, A TESE CENTRAL DO PROFESSOR LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO, AUTOR DO LIVRO CLASSICO “O TRATO DOS VIVENTES “, TITULAR DA CADEIRA DE HISTÓRIA DO BRASIL NA SORBONNE, NA FRANÇA, NUM TESTEMUNHO RECENTE EM AUDIENCIA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, A CONVITE DO MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI.O PROFESSOR ALENCASTRO ESTÁ NOS AUTOS, COMO MINHA TESTEMUNHA.DISSE ELE NO SUPREMO.A DIVISÃO DA SOCIDADE BRASILEIRA ESTÁ DADA. É CONCRETA.PESQUISAS DO IBGE, DO IPEA, DE REPUTADOS SOCIOLOGOS E HISTORIADORES RENOMADOS ATESTAM A ESMAGADORA DEBILIDADE SOCIAL, ECONOMICA, EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO NEGRA.ESSE MAL JÁ ESTÁ FEITO.A ESCRAVIDÃO FEZ.AGORA, É PRECISO TRATAR DESIGUALMENTE AS OPORTUNIDADES PARA CORRIGIR A DEFORMAÇÃO GERADA NA DESIGUALDADE.POR ISSO SOU A FAVOR DAS COTAS RACIAIS NAS UNIVERSIDADES, CONCLUIU ELE.ESSA É A MINHA QUESTÃO.ESSE É, NESTE CASO, O MEU PROBLEMA COM A GLOBO E SEU IDEOLOGO, O PSEUDO ANTROPOLOG , O CARDEAL RATZINGER.ESSA É A MINHA CRITICA AOS NEGROS DE ALMA BRANCA.NUMA PALAVRA, A CONDESCENDÊNCIA COM A DESIGUALDADE.SUBSIDIARIAMENTE, ESSA AÇÃO – NO CRIME E NO CÍVEL – NÃO PASSA DE UMA BURLA, DE UM ESCÁRNIO AO SISTEMA JUDICIARIO.O VERDADEIRO AUTOR, NA MINHA INVIOLÁVEL E SOLITARIA INTERPRETACAO, É GILMAR MENDES, TESTEMUNHA DO AUTOR, NA AÇÃO PENAL.QUE SE ABALOU DO OLIMPICO TRIBUNAL PARA VIR AQUI COMO SE FOSSE TRATAR DE UMA ROTINEIRA QUERELA TRABALHISTA.NAO !GILMAR MENDES QUER SE VINGAR DE MIM ATRAVÉS DE TRES PROCESSOS NA JUSTIÇA.NO CRIME, JÁ FOI SUMARIAMENTE DERROTADO, PORQUE O MINISTERIO PUBLICO NAO VIU POR QUE ME PROCESSAR.FALTAM DOIS PROCESSOS NO CÍVEL, ONDE A JUSTIÇA, CERTAMENTE, PREVALECERÁ.E TEM ESTE AQUI, DE QUE TRATAMOS, EM QUE ELE É O VERDADEIRAO AUTOR E O ESPIRITO SANTO DE ORELHA DESTA AÇAO.FAZ ISSO ATRAVÉS DO CONSPICUO AUTOR, PRO FORMA.FAÇO ESSA DENUNCIA SERENAMENTE.E A FAREI EM TODAS AS INSTÂNCIAS NECESSARIAS.AQUI, ME DEBATO COM GILMAR MENDES.UM NOTORIO ADVERSÁRIO DA LIBERADE DE EXPRESSAO – TANTAS AS AÇOES INOCUAS QUE MOVE NA JUSTIÇA PARA CALAR JORNALISTAS INDEPENDENTES.COMO TENTOU FAZER COM MINO CARTA E LEANDRO FORTES, TAMBEM DA CARTA CAPITALE PERDEU.QUAL O PROBLEMA DE GILMAR MENDES COM ESTE SUPOSTO RÉU ?PORQUE NO SITE CONVERSA AFIADA FAÇO QUESTAO DE RELEMBRAR QUE ELE DEU EM 48 HORAS DOS HCS QUE O MEIO JURIDICO CHAMA DE HCS CANGURU, PARA BENEFICIAR UM PASSADOR DE BOLA APANHADO NO ATO DE PASSAR BOLA, O BANQUEIRO DANIEL DANTAS.PORQUE O SITE CONVERSA AFIADA CONSIDERA QUE GILMAR MENDES NÃO TEM CONDIÇÕES MORAIS NEM INTELECTUAIS PARA SE SENTAR NUMA CADEIRA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.UM MINISTRO QUE MANTEM COM O ADVOGADO SERGIO BERMUDES AS RELAÇÕES PROMISCUAS QUE ELE MANTEM, COM O USUFRUTO DE APARTAMENTO NO CENTRAL PARK, EM NOVA YORK, E UMA LIMOUSINE MERCEDES BENZ – ESSE HOMEM, NA MINHA MODESTA OPINIÃO, NÃO PODE SER UM ARBITRO DE QUESTÕES QUE DIGAM RESPEITO À CONSTITUIÇÃO.QUERO ENCERRAR MINHAS PALAVRAS COM UM TESTEMUNHO PESSOAL.NUM RECENTE DOMINGO, O PROGRAMA EM QUE TRABALHO, DOMINGO ESPETACULAR, EXIBIU REPORTAGEM MINHA NUM ABRIGO, NO RIO, DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VICIADOS EM CRACK.CRIANÇAS TALVEZ DESTRUIDAS DE FORMA IRRECUPERAVEL.SEUS CIRCUITOS CEREBRAIS JÁ FORAM DANIFICADOS DE TAL FORMA, QUE NÃO CONSEGUEM MAIS ARTICULAR COM NITIDEZ AS PALAVRAS QUE SAEM DA BOCA.HAVIA, ALI, 23 CRIANÇAS.TODAS ERAM NEGRAS.</div>Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-80064475244856408842011-11-17T20:56:00.002-02:002011-11-17T21:03:25.807-02:00CARTA DA MULHER DO LUPINÃO SEI PORQUE MAS ACREDITO MUITO MAIS NESTA MULHER, MULHER DO LUPI, DO QUE NA VEJA, NA GLOBO, NO ESTADÃO E NA FOLHA DE SÃO PAULO...<br />O QUE ELA ESCREVE É MUITO MAIS SINCERO, INTELIGENTE E COM A FORÇA DO AFETO, DO SENTIMENTO... DO QUE AS VERSÕES MONTADAS, ARQUITEDAS PELOS JORNALISTAS DO PIG<br /><br />Caso Lupi: a outra versão da história<br />Você tem direito de ter a sua verdade. Para isso você precisa conhecer todas as versões de uma história para escolher a sua. A deles é fácil, é só continuar lendo a Veja, O Globo, assistindo ao Jornal Nacional. A nossa vai precisar circular por essa nova e democrática ferramenta que é a internet.<br />Meu nome é Angela, sou esposa do Ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi. Sou jornalista e especialista em políticas públicas. Somos casados há 30 anos, temos 3 filhos e um neto. Resolvi voltar ao texto depois de tantos anos porque a causa é justa e o motivo é nobre. Mostrar a milhares, dezenas ou a uma pessoa que seja como se monta um escândalo no Brasil.<br />Vamos aos fatos: No dia 3 de novembro a revista Veja envia a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho algumas perguntas genéricas sobre convênio, ONGS, repasses etc. Guarda essa informação.<br />Na administração pública existe uma coisa chamada pendência administrativa. O que é isso? São processos que se avolumam em mesas a espera de soluções que dependem de documentos, de comprovações de despesas, prestação de contas etc. Todo órgão público, seja na esfera municipal, estadual ou federal, tem dezenas ou centenas desses.<br />Como é montado o circo? A revista pega duas pendências administrativas dessas, junta com as respostas da assessoria de imprensa do ministério dando a impressão de que são muito democráticos e que ouviram a outra parte, o que não é verdade, e paralelamente a isso pegam o depoimento de alguém que não tem nome ou sobrenome, mas diz que pagou propina a alguém da assessoria do ministro.<br />No dia seguinte toda a mídia nacional espalha e repercute a matéria em todos os noticiários, revistas e jornais. Nada fica provado. O acusador não tem que provar que pagou, mas você tem que provar que não recebeu. Curioso isso, não? O próprio texto da matéria isentava Lupi de qualquer responsabilidade. Ele sequer é citado pelo acusador. Mas a gente não lê os textos, só os títulos e a interpretação, que vêm do estereótipo “político é tudo safado mesmo”.<br />Dizem que quando as coisas estão ruins podem piorar. E é verdade. Na terça-feira Lupi se reúne na sede do PDT, seu partido político em Brasília para uma coletiva com a imprensa. E é literalmente metralhado não por perguntas, o que seria natural, mas por acusações. Nossa imprensa julga, condena e manda para o pelotão de fuzilamento.<br />E aí entra em cena a mais imprevisível das criaturas: o ser humano. Enquanto alguns acuados recuam, paralisam, Lupi faz parte de uma minoria que contra ataca. Explode, desafia. É indelicado com a Presidenta e com a população em geral. E solta a frase bomba, manchete do dia seguinte: “Só saio a bala”. O que as pessoas interpretaram como apego ao cargo era a defesa do seu nome. Era um recado com endereço certo e cujos destinatários voltaram com força total.<br />Era a declaração de uma guerra que ainda não deixou mortos, mas já contabiliza muitos feridos. Em casa, passado o momento de tensão, Lupi percebe o erro, os exageros e na quinta-feira na Comissão de Justiça do Congresso Nacional presta todos os esclarecimentos, apresenta os documentos que provam que o Ministério do Trabalho já havia tomado providências em relação às ONGs que estavam sendo denunciadas e aproveita a oportunidade para admitir que passou do tom e pede desculpas públicas a Presidenta e a população em geral.<br />A essa altura, a acusação de corrupto já não tinha mais sustentação. Era preciso montar outro escândalo e aí entra a gravação de uma resposta e uma fotografia. A resposta é aquela que é repetida em todos os telejornais. Onde o Lupi diz “não tenho nenhum tipo de relacionamento com o Sr Adair. Fui apresentado a ele em alguns eventos públicos. Nunca andei em aeronave do Sr Adair”.<br />Pegam a frase e juntam a ela uma foto do Lupi descendo de uma aeronave com o seu Adair por perto. Pronto. Um novo escândalo está montado. Lupi agora não é mais corrupto, é mentiroso.<br />Em algum momento, em algum desses telejornais você ouviu a pergunta que foi feita ao Lupi e que originou aquela resposta? Com certeza não. Se alguém pergunta se você conhece o Seu José, porteiro do seu prédio? Você provavelmente responde: claro, conheço. Agora, se alguém pergunta: que tipo de relacionamento você tem com o Seu José? O que você responde? Nenhum, simplesmente conheço de vista.<br />Foi essa a pergunta que não é mostrada: que tipo de relacionamento o Sr tem com o Sr Adair? Uma pergunta bem capciosa. Enquanto isso, o próprio Sr Adair garante que a aeronave não era dele, que ele não pagou pela aeronave e que ele simplesmente indicou.<br />Quando comecei na profissão como estagiária na Tribuna da Imprensa, ouvi de um chefe de reportagem uma frase que nunca esqueci: “Enquanto você não ouvir todos os envolvidos e tiver todas as versões do fato, a matéria não sai. O leitor tem o direito de ler todas as versões de uma história e escolher a dele. Imprensa não julga, informa. Quem julga é o leitor”.<br />Quero deixar claro que isso não é um discurso para colocar o Lupi como vítima. O Lupi não é vítima de nada. É um adulto plenamente consciente do seu papel nessa história. Ele sabe que é simplesmente o alvo menor que precisa ser abatido para que seja atingido um alvo maior. É briga de cachorro grande.<br />Tentaram atingir o seu nome como corrupto, mas não conseguiram. Agora é mentiroso, mas também não estão conseguindo, e tenho até medo de imaginar o que vem na sequência.<br />Para terminar queria deixar alguns recados:<br />Para os amigos que nos acompanham ou simplesmente conhecidos que observam de longe a maneira como vivemos e educamos os nossos filhos eu queria dizer que podem continuar nos procurando para prestar solidariedade e que serão bem recebidos. Aos que preferem esperar a poeira baixar ou não tocar no assunto, também agradeço. E não fiquem constrangidos se em algum momento acompanhando o noticiário tenham duvidado do Lupi. A coisa é tão bem montada que até a gente começa a duvidar de nós mesmos. Quem passou por tortura psicológica sabe o que é isso. É preciso ser muito forte e coerente com as suas convicções para continuar nessa luta.<br />Para os companheiros de partido, Senadores, Deputados, Vereadores, lideranças, militantes que nos últimos 30 anos testemunharam o trabalho incansável de um “maluco” que viajava o Brasil inteiro em fins de semana e feriados, filiando gente nova, fazendo reuniões intermináveis, celebrando e cumprindo acordos, respeitado até pelos adversários como um homem de palavra, que manteve o PDT vivo e dentro do cenário nacional como um dos mais importantes partidos políticos da atualidade. Eu peço só uma coisa: justiça.<br />Aos colegas jornalistas que estão fazendo o seu trabalho, aos que estão aborrecidos com esse cara que parece arrogante e fica desafiando todo mundo, aos que só seguem orientação da editoria sem questionamento, aos que observam e questionam, não importa. A todos vocês eu queria deixar um pensamento: reflexão. Qual é o nosso papel na sociedade?<br />E a você Lupi, companheiro de uma vida, quero te dizer, como representante desse pequeno nucleozinho que é a nossa família, que nós estamos cansados, indignados e tristes, mas unidos como sempre estivemos. Pode continuar lutando enquanto precisar, não para manter cargo, pois isso é pequeno, mas para manter limpo o seu nome construído em 30 anos de vida pública.<br />E quando estiver muito cansado dessa guerra vai repousar no seu refúgio que não é uma mansão em Angra dos Reis, nem uma fazenda em Goiás, sequer uma casa em Búzios, e sim um pequeno sítio em Magé. Que corrupto é esse? Que País é esse?Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-35024357211926636752011-11-17T20:45:00.002-02:002011-11-17T20:56:08.556-02:00A MÍDIA E A CORRUPÇÃOCONTRA A CORRUPÇÃO TODOS SOMOS! MAS CUIDADO COM O TEU DISCURSO! ANTES DE COMENTAR, REPASSAR ALGUM CASO DE CORRUPÇÃO E DAR O SEU PARECER! CUIDADO! VEJA ANTES QUEM ESTÁ ORGANIZANDO ESTES ESTES ATOS, MANIFESTAÇÕES... VEJA A IMPORTÂNCIA QUE NOSSA MÍDIA ESTÁ DANDO... PORTANTO CUIDADO VC PODE ESTAR SIMPLESMENTE REPETINDO O QUE ALGUNS PLANEJARAM, ARQUITETARAM PARA VC ESTAR PAUTADO, FALAR, COMENTAR SOBRE ISSO... E REPETIR JUSTAMENTE O QUE ELES FALARAM... E ASSIM ELES CONSEGUIRAM... FIZERAM SUA CABEÇA.... TENDO MAIS UM MULTIPLICADOR... INDIGNADO CONTRA A CORRUPÇÃO... QUE CORRUPÇÃO? DE QUEM? E OS CORRUPTORES?<br />VEJA O KOTSCHO ESCREVEU SOBRE ISSO...<br /><br />O POVO NÃO É BOBO<br />Por Ricardo Kotscho, no <a href="http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/">Balaio do Kotscho</a><br />O que houve? Ou melhor, por que não houve?<br />Apareceram apenas 150 “protestantes” na Cinelândia, Rio de Janeiro, na manifestação anticorrupção organizada por cinco entidades em redes sociais.<br />Em São Paulo, na avenida Paulista, outros cinco movimentos (Nas Ruas, Mudança Já, Pátria Minha, Marcha Pela Ética e Lojas Maçônicas) juntaram apenas 200 pessoas. Na Boca Maldita, em Curitiba, o grupo Anonymous reuniu 80 pessoas.<br />A maior concentração de manifestantes contra a corrupção foi registrada na praça da Liberdade, em Belo Horizonte, calculada em 1.500 pessoas, segundo a Polícia Militar. E, a menor, ocorreu em Brasília, onde 30 gatos pingados se reuniram na Esplanada dos Ministérios.<br />Será que a corrupção é maior em Minas do que em Brasília? Juntando tudo, não daria para encher a Praça da Matriz da minha querida Porangaba, cidade pequena porém decente.<br />Desta vez, nem houve divergências sobre o número de manifestantes. Eram tão poucos no feriadão de 15 de novembro que dava para contar as cabeças sem ser nenhum gênio em matemática.<br />Até os blogueiros mais raivosos que, na véspera, anunciaram “protestos em 37 cidades de todo o país”, com horário e local das manifestações, parecem ter abandonado o barco. Não se tocou mais no assunto.<br />Parece que a sortida fauna que organiza protestos “contra tudo o que está aí” desde o feriadão de 7 de setembro já se cansou.<br />Os organizadores colocaram a culpa na chuva, mas não conseguem explicar como, no mesmo dia, sob a mesma chuva, 400 mil pessoas foram às compras na rua 25 de Março e 40 mil fiéis se reuniram a céu aberto no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, numa celebração evangélica.<br />Nem se pode alegar falta de assunto, já que a velha mídia não se cansa de dar manchetes todos os dias sobre os “malfeitos” do governo, com destaque no momento para o Ministério do Trabalho do impoluto Carlos Lupi.<br />Na minha modesta opinião, o fracasso destas manifestações inspiradas na Primavera Árabe e nos protestos contra o capitalismo selvagem nas capitais européias e nos Estados Unidos, reside na falta de objetivos e de sinceridade dos diferentes movimentos que se apresentam como “apartidários” e “apolíticos”, como se isto fosse possível.<br />Pelo jeito, o povo brasileiro está feliz com o país em que vive – e, por isso, só vai às ruas por um bom motivo, não a convite dos antigos “formadores de opinião”.<br />Afinal, todos somos contra a corrupção – até os corruptos, para combater a concorrência, certamente -, mas esta turma é mesmo contra o governo. Basta ver quem são seus arautos na imprensa, que hoje abriga o que sobrou da oposição depois das últimas eleições presidenciais.<br />Dilma pode demitir todos os ministros e fazer uma faxina geral na máquina do governo que eles ainda vão querer mais, e continuarão “convocando o povo” nas redes sociais. Valentes de internet, não estão habituados a enfrentar o sol e a chuva da vida real.<br />Ao contrário do que acontece em outros países, estes eventos no Brasil são mais um fenômeno de mídia do que de massas – a mesma grande mídia que apoiou o golpe de 1964 e escondeu até onde pode a Campanha das Diretas Já, em 1984 (com a honrosa exceção da “Folha de S. Paulo”, onde eu trabalhava na época).<br />Eles não enganam mais ninguém. O povo não é bobo faz tempo.Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-61762156570507284352011-11-02T00:21:00.002-02:002011-11-02T01:12:10.867-02:00ENEM TENTAM DESQUALIFICÁ-LONOSSA ELITE RAIVOSA TENTA DESQUALIFICAR O ENEM A TODO CUSTO... E NOSSA MÍDIA QUE NÃO FAZ JORNALISMO É O MEIO QUE ELES USAM... INCLUSIVE COM JORNALISTAS TENTANDO FRAUDAR O EXAME!<br />MAS POR QUE SERÁ QUE DESTILAM TANTA RAIVA CONTRA O ENEM? SIMPLES DE ENTENDER: FORAM 5 MILHÕES INSCRITOS... CONCORRENDO AS VAGAS QUE ANTES ERAM SÓ DELES!<br />COMO DISSE UMA SENADORA DE SANTA CATARINA, ELA CONHECIA A ELITE DO SEU ESTADO QUE CHEGAVA A FRETAR UM AVIÃO PARA LEVAR SEUS FILHOS A VARIAS FEDERAIS PARA PRESTAR VESTIBULAR... PERCEBEU?... O POR QUE DO ÓDIO AO ENEM?... CONCORRER COM QUASE 5 MILHÕES DE POBRES DIFICULTOU UM POUCO PRA ELES...<br />PORTANTO TENTAM DESTRUIR O ENEM... E É TRISTE VER ESTUDANTES DE ESCOLA PÚBLICA E PROFESSORES DE ESCOLA PÚBLICA REPETIR OS ARGUMENTOS DAS NOTICIAS VEICULADAS NESTA MÍDIA VENDIDA, INTERESSEIRA E GOLPISTA... UMA SIMPLES ANÁLISE UM POUCO MAIS PROFUNDA, E NÃO SÓ REPETIR O QUE A GLOBO, VEJA E FOLHA DIZEM, JÁ AJUDARIA A ENTENDER O QUE ESTÁ ACONTECENDO... E ASSIM TER UMA POSIÇÃO MAIS CRÍTICA! MAS O QUE VEMOS NA MAIORIA DAS VEZES É SIMPLES REPETIÇÃO!!!<br /><br />ENEM VENHAM COM ESTA HISTÓRIA QUE O ENEM É BAGUNÇA, TÁ FALIDO, NÃO TEM ORGANIZAÇÃO!<br />POIS O OBJETIVO DESTA MÍDIA É OUTRO! É DEFENDER AS VAGAS QUE SEMPRE FORAM DESTA ELITE EGOÍSTA!<br /><br />O ENEM É UMA FORMA MAIS JUSTA DE ENTRAR NA UNIVERSIDADE PÚBLICA! E AINDA TEM O PROUNI!!!<br /><br />MAS PRA ELES (MÍDIA E ELITE) POBRE NÃO DEVERIA ESTUDAR! POBRE DEVERIA CONTINUAR SENDO TRABALHADOR DESQUALIFICADO PARA CONTINUAR RECEBENDO SALÁRIOS BAIXOS! ONDE JÁ SE VIU A EMPREGADA DOMÉSTICA DELES QUERER FAZER UMA FACULDADE! NÃO PRECISA!<br /><br />ENEM ESTÃO AÍ PRA NÓS DA ESCOLA PÚBLICA E AINDA REPETIMOS O QUE ELES PUBLICAM, NOTICIAM!Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-47335664399459746042011-11-01T22:18:00.002-02:002011-11-01T22:26:19.346-02:00FORÇA LULAFORÇA LULA!<br />É VERGONHOSO VER 3% DA POPULAÇÃO, ESTA PEQUENA ELITE RAIVOSA IRONIZANDO E DESTILANDO TODO SEU ÓDIO! É SINTOMÁTICO VER MUITOS JORNALISTAS COMO URUBUS!<br />MAS APESAR DE TUDO VIVEREMOS E VEREMOS! LULA ETERNO GUERREIRO DO POVO BRASILEIRO!!!<br /><br />O JORNALISMO-URUBÚ E A DOENÇA DE LULA<br />Guia de boas maneiras na política. E no jornalismo<br />Maria Inês Nassif<br />A cultura de tentar ganhar no grito tem prevalecido sobre a boa educação e o senso de humanidade na política brasileira. E o alvo preferencial do “vale-tudo” é, em disparada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por algo mais do que uma mera coincidência, nunca antes na história desse país um senador havia ameaçado bater no presidente da República, na tribuna do Legislativo. Nunca se tratou tão desrespeitosamente um chefe de governo. Nunca questionou-se tanto o merecimento de um presidente – e Lula, além de eleito duas vezes pelo voto direto e secreto, foi o único a terminar o mandato com popularidade maior do que quando o iniciou.<br />A obsessão da elite brasileira em tentar desqualificar Lula é quase patológica. E a compulsão por tentar aproveitar todos os momentos, inclusive dos mais dramáticos do ponto de vista pessoal, para fragilizá-lo, constrange quem tem um mínimo de bom senso. A campanha que se espalhou nas redes sociais pelos adversários políticos de Lula, para que ele se trate no Sistema Único de Saúde (SUS), é de um mau gosto atroz. A jornalista que o culpou, no ar, pelo câncer que o vitimou, atribuindo a doença a uma “vida desregrada”, perdeu uma grande chance de ficar calada.<br />Até na política as regras de boas maneiras devem prevalecer. Numa democracia, o opositor é chamado de adversário, não de inimigo (para quem não tem idade para se lembrar, na nossa ditadura militar os opositores eram “inimigos da pátria”). Essa forma de qualificar quem não pensa como você traz, implicitamente, a ideia de que a divergência e o embate político devem se limitar ao campo das ideias. Esta é a regra número um de etiqueta na política.<br />A segunda regra é o respeito. Uma autoridade, principalmente se se tornou autoridade pelo voto, não é simplesmente uma pessoa física. Ela é representante da maioria dos eleitores de um país, e se deve respeito à maioria. Simples assim. Lula, mesmo sem mandato, também o merece. Desrespeitar um líder tão popular é zombar do discernimento dos cidadãos que o apoiam e o seguem. Discordar pode, sempre.<br />A terceira regra de boas maneiras é tratar um homem público como homem público. Ele não é seu amigo nem o cara com quem se bate boca na mesa de um bar. Essa regra vale em dobro para os jornalistas: as fontes não são amigas, nem inimigas. São pessoas que estão cumprindo a sua parte num processo histórico e devem ser julgadas como tal. Não se pode fazer a cobertura política, ou uma análise política, como se fosse por uma questão pessoal. Jornalismo não deve ser uma questão pessoal. Jornalistas têm inclusive o compromisso com o relato da história para as gerações futuras. Quando se faz jornalismo com o fígado, o relato da história fica prejudicado.<br />A quarta regra é a civilidade. As pessoas educadas não costumam atacar sequer um inimigo numa situação tão delicada de saúde. Isso depõe contra quem ataca. E é uma péssima lição para a sociedade. Sentimentos de humanidade e solidariedade devem ser a argamassa da construção de uma sólida democracia. Os formadores de opinião tem a obrigação de disseminar esses valores.<br />A quinta regra é não se deixar contaminar por sentimentos menores que estão entranhados na sociedade, como o preconceito. O julgamento sobre Lula, tanto de seus opositores políticos como da imprensa tradicional, sempre foi eivado de preconceito. É inconcebível para esses setores que um operário, sem curso universitário e criado na miséria, tenha ascendido a uma posição até então apenas ocupada pelas elites. A reação de alguns jornalistas brasileiros que cobriram, no dia 27 de setembro, a solenidade em que Lula recebeu o título “honoris causa” pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, é uma prova tão evidente disso que se torna desnecessário outro exemplo.<br />No caso do jornalismo, existe uma sexta regra, que é a elegância. Faltou elegância para alguns dos meus colegas.<br />(*) Colunista política, editora da Carta Maior em São PauloUtopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-87283042284128039812011-08-20T14:43:00.002-03:002011-08-20T14:50:46.900-03:00A SEMENTE E OS SEMEADORES DA VIOLENCIA - INGLATERRA
<br />VEJA ESTE ARTIGO INTERESSANTISSIMO SOBRE A REVOLTA E A VIOLÊNCIA NA INGLATERRA! UMA ANÁLISE LÚCIDA E PREOCUPANTE... SERÁ QUE ASSIM SE DARÁ A TRANSFORMAÇÃO? ESTA FASE DO CAPITALISMO, ESTE MODELO ESTÁ FALINDO... ESTAMOS EM TRANSE... ALGO NOVO DEVE ESTAR SENDO GERMINADO... SERÁ QUE SÃO INDICIOS DO NOVO...?
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<br />A semente e os semeadores da Violência
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<br />Os motins na Inglaterra são um perturbador sinal dos tempos. Está a ser gerado nas sociedades um combustível altamente inflamável que flui nos subterrâneos da vida coletiva sem que se dê conta.Esse combustível é constituído pela mistura de quatro componentes: a promoção conjunta da desigualdade social e do individualismo, a mercantilização da vida individual e coletiva, a prática do racismo em nome da tolerância, o sequestro da democracia por elites privilegiadas e a consequente transformação da política em administração do roubo “legal” dos cidadãos. Cada um dos componentes tem uma contradição interna.Quando elas se sobrepõem, qualquer incidente pode provocar uma explosão de proporções inimagináveis. Com o neoliberalismo, o aumento da desigualdade social deixou de ser um problema para passar a ser a solução.A ostentação dos ricos transformou-se em prova do êxito de um modelo social que só deixa na miséria a maioria dos cidadãos porque estes supostamente não se esforçam o suficiente para terem êxito.Isso só foi possível com a conversão do individualismo em valor absoluto, o qual, contraditoriamente, só pode ser vivido como utopia da igualdade, da possibilidade de todos dispensarem por igual a solidariedade social, quer como agentes dela, quer como seus beneficiários.Para o indivíduo assim construído, a desigualdade só é um problema quando lhe é adversa; quando isso sucede, nunca é reconhecida como merecida. Por outro lado, na sociedade de consumo, os objetos de consumo deixam de satisfazer necessidades para as criar incessantemente, e o investimento pessoal neles é tão intenso quando se têm como quando não se têm.Entre acreditar que o dinheiro medeia tudo e acreditar que tudo pode ser feito para obtê-lo vai um passo muito curto. Os poderosos dão esse passo todos os dias sem que nada lhes aconteça. Os despossuídos, que pensam que podem fazer o mesmo, acabam nas prisões.Os distúrbios na Inglaterra começaram com uma dimensão racial. São afloramentos da sociabilidade colonial que continua a dominar as nossas sociedades, muito tempo depois de terminar o colonialismo político. Um jovem negro das nossas cidades vive cotidianamente uma suspeição social que existe independentemente do que ele ou ela seja ou faça.Tal suspeição é tanto mais virulenta quando ocorre numa sociedade distraída pelas políticas oficiais da luta contra a discriminação e pela fachada do multiculturalismo.O que há de comum entre os distúrbios da Inglaterra e a destruição do bem-estar dos cidadãos provocada pelas políticas de austeridade comandadas por mercados financeiros? São sinais dos limites extremos da ordem democrática.Os jovens amotinados são criminosos, mas não estamos perante uma “criminalidade pura e simples”, como afirmou o primeiro-ministro David Cameron.Estamos perante uma denúncia política violenta de um modelo social e político que tem recursos para resgatar bancos e não os tem para resgatar a juventude de uma vida sem esperança, do pesadelo de uma educação cada vez mais cara e mais irrelevante, dados o aumento do desemprego e o completo abandono em comunidades que as políticas públicas antissociais transformaram em campos de treino da raiva, da anomia e da revolta.Entre o poder neoliberal instalado e os amotinados urbanos há uma simetria assustadora. A indiferença social, a arrogância, a distribuição injusta dos sacrifícios estão a semear o caos, a violência e o medo, e os semeadores dirão amanhã, genuinamente ofendidos, que o que semearam nada tem a ver com o caos, a violência e o medo instalados nas ruas das nossas cidades.
<br />(Boaventura de Souza Santos – Sociólogo)
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<br />Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-20302850653459585202011-08-20T14:21:00.003-03:002011-08-20T14:42:41.664-03:00NÍVEA TAMBÉM É RACISTA<a href="http://3.bp.blogspot.com/-f6CtlatdNns/Tk_u48YOnOI/AAAAAAAAAGo/XGtp5LN1uPg/s1600/nivea-propaganda%2Bracista.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5642991520166354146" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 199px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-f6CtlatdNns/Tk_u48YOnOI/AAAAAAAAAGo/XGtp5LN1uPg/s320/nivea-propaganda%2Bracista.jpg" border="0" /></a>
<br /><div>Propaganda da Nivea que manda negro "se civilizar" é acusada de racismo
<br /><a id="agencia" href="http://www.jb.com.br/" target="_blank" rel="nofollow">Jornal do Brasil</a>
<br />Após uma <a style="CURSOR: hand; COLOR: #014a76; BORDER-BOTTOM: 1px dotted; TEXT-DECORATION: underline" href="http://www.jb.com.br/economia/noticias/2011/08/19/propaganda-da-nivea-que-manda-negro-se-civilizar-e-acusada-de-racismo/#" rel="nofollow">série</a> de protestos nas <a style="CURSOR: hand; COLOR: #014a76; BORDER-BOTTOM: 1px dotted; TEXT-DECORATION: underline" href="http://www.jb.com.br/economia/noticias/2011/08/19/propaganda-da-nivea-que-manda-negro-se-civilizar-e-acusada-de-racismo/#" rel="nofollow">redes</a> sociais e no Youtube, a empresa alemã de cosméticos Nivea retirou sua nova campanha "Re-civilize yourself" (Recivilize-se, em tradução livre) do ar. A peça mostrava um negro com o cabelo curto e supostamente "arrumado" jogando fora a cabeça de um negro com um penteado afro (veja abaixo).
<br />A campanha, iniciada no Facebook, rapidamente ganhou notoriedade na rede e gerou uma série de protestos. Na página da Nivea no <a style="CURSOR: hand; COLOR: #014a76; BORDER-BOTTOM: 1px dotted; TEXT-DECORATION: underline" href="http://www.jb.com.br/economia/noticias/2011/08/19/propaganda-da-nivea-que-manda-negro-se-civilizar-e-acusada-de-racismo/#" rel="nofollow">site</a> de relacionamentos, usuários ainda discutem se a peça foi realmente racista ou se tudo não se trata de um "exagero" dos ativistas negros.
<br />Em nota no Facebook, a empresa se desculpou e admitiu o erro. "Obrigado pelo carinho por nos dar sua opinião sobre o recente anúncio do Nivea For Man 'Re-Civilize Yourself'. Esse anúncio foi impróprio e ofensivo. Nunca foi nossa intenção ofender ninguém, e por isso estamos profundamente arrependidos. Esse anúncio nunca será usado novamente. Diversidade e igualdade de <a style="CURSOR: hand; COLOR: #014a76; BORDER-BOTTOM: 1px dotted; TEXT-DECORATION: underline" href="http://www.jb.com.br/economia/noticias/2011/08/19/propaganda-da-nivea-que-manda-negro-se-civilizar-e-acusada-de-racismo/#" rel="nofollow">oportunidades</a> são valores fundamentais de nossa empresa", disse a companhia.Nivea retirou anúncio do ar logo após protestos nas redes sociais </div>
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<br /><div>COMO VIMOS A PRÓPRIA NÍVEA RECONHECEU!!! "IMPRÓPRIO E OFENSIVO!!" PORTANTO É UMA CONFISSÃOO!!!!!</div>
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<br />E A HISTÓRIA NÃO PERDOA!!!!
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<br />É bom lembrar:Nívia é um marca da pele e de cuidado corporal de propriedade Alemâ (Empresa BEIERSDORF FARMACÊUTICO). Em 1909 , o novo proprietário OSKAR TROPLOWITZ desenvolveu uma água-em-óleo EMULSIFICANTE como creme de pele com EUCERITE, A emulsão estável,a primeira do seu tipo.Esta foi a base para o EUCERIM E,mais tarde,NIVEA. NIVEA vem do LATIM -PALAVRA niveus/nivea/niveum,que significa BRANCO NEVE. Durante a década de 30 a empresa produziu óleos bronzeadores,cremes de barbear, e shampoo e cremes faciais.A marca NÍVIA foi expropriada em muitos países após a Segunda Gurrra Mundial por conta do apoio dos proprietários,DESTA EMPRESA, ao regime NAZISTA DA ALEMANHA. Porém o grupo Beiersdorf conseguiu comprar de volta,em 1997,os direitos da marca confiscados no pós-segunda guerra. .
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<br />SÓ PARA REFORÇAR REPITO O SIGNIFICADO DA PALAVRA:
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<br />NIVEA vem do LATIM -PALAVRA niveus/nivea/niveum,que significa BRANCO NEVE.
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<br />NÃO COMPRE NADA DA NÍVEA TAMBÉM!!!
<br />Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-71071132610760657192011-08-20T13:50:00.003-03:002011-08-20T14:03:12.484-03:00RACISMO EXPLÍCITO DA DOVE
<br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/-sqG9dORwtss/Tk_nN7yJPfI/AAAAAAAAAGg/pC9Duhygmdc/s1600/24511dove.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5642983084690849266" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 265px; CURSOR: hand; HEIGHT: 199px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/-sqG9dORwtss/Tk_nN7yJPfI/AAAAAAAAAGg/pC9Duhygmdc/s320/24511dove.jpg" border="0" /></a>
<br />A peça publicitária em questão divulga o “Dove VisibleCare” e traz uma imagem com três garotas: uma negra, uma com feições latinas e uma branca – nesta ordem.
<br />Atrás delas há duas placas; a da esquerda, identificada com um “antes”, mais avariada que a da direita (“depois”). Só que abaixo do “antes” está a mulher negra, o que criou a impressão de “evolução” de uma cor à outra. Na assinatura, o anúncio informa que ao usar o produto a cliente terá uma “pele visivelmente mais bonita”.
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<br />Tem algumas pessoas que dizem que foi desatenção da Dove, mas eu vejo RACISMO explícito! Não tem desculpa... que foi descuido... que não é politicamente correto... para quem já viu um pouco de publicidade, sabe que para uma peça ser aprovada passa por muitos estudos e chefias... portanto... É INTENCIONAL!!!!
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<br />NÃO COMPRE MAIS NADA DA DOVE!!!!!
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<br />Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-7434663179975645672011-06-02T13:26:00.000-03:002011-06-02T13:27:13.021-03:00CONFORME O PROMETIDO: BRASIL SEM MISÉRIABrasil Sem Miséria: governo vai localizar e incluir em seus programas 16,2 milhões pessoas em situação de extrema pobreza<br /><br /><br />Com a meta de retirar 16,2 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza, a presidenta Dilma Rousseff lançou nesta quinta-feira (2), em Brasília, o Plano Brasil Sem Miséria, que agrega transferência de renda, acesso a serviços públicos, nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica, e inclusão produtiva. Com um conjunto de ações que envolvem a criação de novos programas e a ampliação de iniciativas já existentes, em parceria com estados, municípios, empresas públicas e privadas e organizações da sociedade civil, o governo federal quer incluir a população mais pobre nas oportunidades geradas pelo forte crescimento econômico brasileiro.<br />O objetivo é elevar a renda e as condições de bem-estar da população. O Brasil Sem Miséria vai localizar as famílias extremamente pobres e incluí-las de forma integrada nos mais diversos programas de acordo com as suas necessidades. Para isso, o governo seguirá os mapas de extrema pobreza produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O Brasil Sem Miséria levará o Estado às pessoas mais vulneráveis onde estiverem. A partir de agora, não é a população mais pobre que terá que correr atrás do Estado, mas o contrário”, afirma ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.<br />Busca ativa – Na estratégia da busca ativa, as equipes de profissionais farão uma procura minuciosa na sua área de atuação com o objetivo de localizar, cadastrar e incluir nos programas as famílias em situação de pobreza extrema. Também vão identificar os serviços existentes e a necessidade de criar novas ações para que essa população possa acessar os seus direitos.<br />Mutirões, campanhas, palestras, atividades socioeducativas, visitas domiciliares e cruzamentos de bases cadastrais serão utilizados neste trabalho. A qualificação dos gestores públicos no atendimento à população extremamente pobre faz parte da estratégia.<br />O plano engloba ações nos âmbitos nacional e regional. Na zona rural, por exemplo, incentiva o aumento da produção por meio de assistência técnica, distribuição de sementes e apoio à comercialização. Na área urbana, o foco da inclusão produtiva é a qualificação de mão-de-obra e a identificação de emprego. Além disso, as pessoas que ainda não são beneficiárias do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) serão incluídas nestes programas de transferência de renda.<br />O plano vai priorizar a expansão e a qualificação dos serviços públicos em diversas áreas, assegurando, por exemplo, documentação, energia elétrica, alfabetização, medicamentos, tratamentos dentário e oftalmológico, creches e saneamento. Os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) serão os pontos de atendimento dos programas englobados pelo Brasil Sem Miséria. As sete mil unidades existentes no País funcionam em todos os municípios e outros pontos serão criados.<br />Romper a linha da miséria – O plano, direcionado aos brasileiros que vivem em lares cuja renda familiar é de até R$ 70 por pessoa, cumpre um compromisso assumido pela presidenta Dilma Rousseff. Do público alvo do Brasil Sem Miséria, 59% estão no Nordeste, 40% têm até 14 anos e 47% vivem na área rural.<br />“Só foi possível reduzir a desigualdade e a pobreza no Brasil, nos últimos anos, por que o governo adotou ações que aliam crescimento econômico com inclusão social, como o aumento do emprego, a valorização do salário mínimo, a ampliação dos programas sociais e a expansão do crédito. Os resultados obtidos – 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza e 36 milhões subiram para a classe média – comprovam que as medidas foram acertadas. Com o Brasil Sem Miséria, vamos juntar o mapa da extrema pobreza com o da geração de oportunidades e permitir que milhões de brasileiros rompam a linha da miséria”, destaca a ministra Tereza Campello.<br />Meta é qualificar 1,7 milhão de pessoas nas cidades<br />As iniciativas de inclusão produtiva urbana vão reunir estímulo ao empreendedorismo e à economia solidária, oferta de cursos de qualificação profissional e intermediação de mão-de-obra para atender às demandas nas áreas públicas e privadas, totalizando dois milhões de pessoas.<br />Em relação à qualificação, a proposta é atender 1,7 milhão de pessoas de 18 a 65 anos por meio de ações articuladas de governo: Sistema Público de Trabalho, Emprego e Renda; Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec); Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem); obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida; Rede de Equipamentos de Alimentos e Nutrição; e coleta de materiais recicláveis.<br />Além da qualificação, o trabalho de inclusão produtiva abrangerá a emissão de documentos, acesso a serviços de saúde, como o Olhar Brasil, para exame de vista e confecção de óculos, e o Brasil Sorridente, para tratamento dentário, microcrédito e orientação profissional.<br />Catadores – O plano prevê ainda o apoio à organização produtiva dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Para este público, está prevista a melhoria das condições de trabalho e a ampliação das oportunidades de inclusão socioeconômica. A prioridade é atender capitais e regiões metropolitanas, abrangendo 260 municípios.<br />O Brasil Sem Miséria também apoiará as prefeituras em programas de coleta seletiva com a participação dos catadores de materiais recicláveis. O plano vai capacitar e fortalecer a participação na coleta seletiva de 60 mil catadores, até 2014, viabilizar a infraestrutura para 280 mil e incrementar cem redes de comercialização.<br />Número de agricultores familiares em situação de extrema pobreza atendidos pelo PAA será quadruplicado<br />Uma das metas do Brasil sem Miséria para a zona rural é aumentar em quatro vezes o número de agricultores familiares, em situação de extrema pobreza, atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Subirá de 66 mil para 255 mil até 2014. Com a expansão, a participação dos agricultores muitos pobres no conjunto dos beneficiários do PAA será elevada de 41% para 57%. Atualmente, 156 mil agricultores vendem sua produção para o programa e a meta é ampliar para 445 mil até o final do atual governo.<br />Para acompanhar os agricultores, haverá uma equipe de 11 técnicos para cada mil famílias. Consta ainda do plano o fomento de R$ 2,4 mil por família, ao longo de dois anos, para apoiar a produção e a comercialização excedente dos alimentos. O pagamento será efetuado por meio do cartão do Bolsa Família.<br />Além disso, 253 mil famílias receberão sementes e insumos, como adubos e fertilizantes. Ampliar as compras por parte de instituições públicas e filantrópicas (hospitais, escolas, universidades, creches e presídios) e estabelecimentos privados da agricultura familiar também é objetivo do plano.<br />750 mil famílias terão cisternas; 257 mil receberão energia elétrica<br />O acesso à água para o consumo e a produção é outra ação que se fortalece com o Brasil sem Miséria. De acordo com o plano, a construção de novas cisternas para o plantio e criação de animais vai atender 600 mil famílias rurais até 2013. Também haverá um “kit irrigação” para pequenas propriedades e recuperação de poços artesianos.<br />No caso da água para o consumo, a proposta é construir cisternas para 750 mil famílias nos próximos dois anos e meio. Desde 2003, o governo destinou recursos para a construção de 340 mil cisternas na região do semiárido.<br />Outra iniciativa é a implantação de sistemas complementares e coletivos de abastecimento para 272 mil famílias. Todas essas ações irão contemplar populações rurais dispersas ou que vivem em áreas mais adensadas e com acesso a fontes hídricas.<br />O plano definiu também que mais 257 mil famílias terão acesso à energia elétrica até 2014. Esse quantitativo foi obtido a partir de cruzamento dos dados da população extremamente pobre, levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o cadastro das empresas de energia.<br />Bolsa Verde: R$ 300 para preservação ambiental<br />O governo federal vai criar um programa de transferência de renda para as famílias, em situação de extrema pobreza que promovam a conservação ambiental nas áreas onde vivem e trabalham. É o Bolsa Verde, que pagará, a cada trimestre, R$ 300 por família que preserva florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável. O valor será transferido por meio do cartão do Bolsa Família.<br />Mais 800 mil no Bolsa Família; limite de benefícios por filho aumentará de 3 para 5<br />O Brasil Sem Miséria vai incluir no Bolsa Família 800 mil famílias que atendem as exigências de entrada no programa, mas não recebem o recurso porque ainda não estão cadastradas. Para efetuar o cadastramento, haverá um trabalho pró-ativo de localização desses potenciais beneficiários. O governo pretende atingir essa meta em dezembro de 2013.<br />Outra mudança no programa é o limite do número de crianças e adolescentes com até 15 anos para o recebimento do benefício, que hoje é de R$ 32. Antes, independentemente do número de crianças na família, a quantidade máxima de benefícios era de três. Agora, passa para cinco. Com a alteração, 1,3 milhão de crianças e adolescentes serão incluídos no Bolsa Família. Hoje, são 15,7 milhões. Da população extremamente pobre, 40% têm até 14 anos.<br />Em abril, o governo reajustou em 45% o valor do benefício pago às crianças nesta faixa etária. Além da expansão do programa federal, o governo está em negociação com os estados e municípios para a adoção de iniciativas complementares de transferência de renda.<br />Aumento de oferta de serviços públicos com qualidade<br />A expansão e a qualidade dos serviços públicos ofertados às pessoas em situação de extrema pobreza norteiam o Brasil sem Miséria. Para isso, o plano prevê o aumento e o redirecionamento dos programas aliados à sensibilização, mobilização e qualificação dos profissionais que atuam em diversas áreas.<br />As ações incluirão os seguintes pontos: documentação; energia elétrica; combate ao trabalho infantil; cozinhas comunitárias e bancos de alimentos; saneamento; apoio à população em situação de rua; educação infantil; Saúde da Família; Rede Cegonha; medicamentos para hipertensos e diabéticos; tratamento dentário; exames de vista e óculos; combate ao crack e outras drogas; e assistência social, por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas).<br />Os números do Brasil sem Miséria<br />Retirar 16,2 milhões da extrema pobreza<br />Renda familiar de até R$ 70 por pessoa<br />59% do público alvo está no Nordeste, 40% tem até 14 anos e 47% vivem na área rural<br />Qualificar 1,7 milhão de pessoas entre 18 e 65 anos<br />Capacitar e fortalecer a participação na coletiva seletiva de 60 mil catadores até 2014<br />Viabilizar a infraestrutura para 280 mil catadores e incrementar cem redes de comercialização<br />Aumentar em quatro vezes, elevando para 255 mil, o número de agricultores familiares, em situação de extrema pobreza, atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)<br />Equipe de 11 técnicos para cada mil famílias de agricultores<br />Fomento semestral de R$ 2,4 mil por família, durante dois anos, para apoiar a produção e a comercialização excedente dos alimentos<br />253 mil famílias receberão sementes e insumos<br />600 mil famílias terão cisternas para produção<br />257 mil receberão energia elétrica<br />Construir cisternas para 750 mil famílias nos próximos dois anos e meio<br />Implantação de sistemas complementares e coletivos de abastecimento para 272 mil famílias<br />Bolsa Verde: R$ 300 para preservação ambiental<br />Bolsa Família incluirá 800 mil<br />Mais 1,3 milhão de crianças e adolescentes incluídos no Bolsa FamíliaUtopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-4953382969381760142011-05-18T21:25:00.002-03:002011-05-18T21:30:13.271-03:00LIVRO DIDÁTICO E A GRANDE IMPRENSACOMO TUDO O QUE A MÍDIA FICA MARTELANDO MUITO É BOM DESCONFIAR... COLOCO AQUI UM ARTIGO DE QUEM ENTENDE... LEIA...<br />ASSIM TAMBÉM ESTÃO FALANDO MUITO DA CARTILHA E VÍDEO DO MEC CONTRA A HOMOFOBIA QUE AINDA NÃO FOI APRESENTADA...<br />TAMBÉM DESISTIRAM DE FAZER PALLOCI O MINISTRO DA FAZENDA E DECIDIRAM QUEIMÁ-LO...<br />MAS SOBRE ESTES OUTROS CASOS TALVEZ POSTAREI DEPOIS...<br /><br /><br /><br /><br />POLÊMICA OU IGNORÂNCIA?<br />DISCUSSÃO SOBRE LIVRO DIDÁTICO SÓ REVELA IGNORÂNCIA DA GRANDE IMPRENSA<br />Marcos BagnoUniversidade de Brasília<br /><br />Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua.Jornalistas desinformados abrem um livro didático, leem metade de meia páginae saem falando coisas que depõem sempre muito mais contra eles mesmos doque eles mesmos pensam (se é que pensam nisso, prepotentementeconvencidos que são, quase todos, de que detêm o absoluto poder da informação).Polêmica? Por que polêmica, meus senhores e minhas senhoras? Já faz mais de quinze anos que os livros didáticos de língua portuguesa disponíveis nomercado e avaliados e aprovados pelo Ministério da Educação abordam o tema da variação linguística e do seu tratamento em sala de aula. Não é coisa depetista, fiquem tranquilas senhoras comentaristas políticas da televisão brasileira e seus colegas explanadores do óbvio.Já no governo FHC, sob a gestão do ministro Paulo Renato, os livros didáticos de português avaliados pelo MEC começavam a abordar os fenômenos davariação linguística, o caráter inevitavelmente heterogêneo de qualquer língua viva falada no mundo, a mudança irreprimível que transformou, temtransformado, transforma e transformará qualquer idioma usado por uma comunidade humana. Somente com uma abordagem assim as alunas e osalunos provenientes das chamadas “classes populares” poderão se reconhecer no material didático e não se sentir alvo de zombaria e preconceito. E, é claro,com a chegada ao magistério de docentes provenientes cada vez mais dessas mesmas “classes populares”, esses mesmos profissionais entenderão que seumodo de falar, e o de seus aprendizes, não é feio, nem errado, nem tosco, é apenas uma língua diferente daquela – devidamente fossilizada e conservadaem formol – que a tradição normativa tenta preservar a ferro e fogo, principalmente nos últimos tempos, com a chegada aos novos meios decomunicação de pseudoespecialistas que, amparados em tecnologias inovadoras, tentam vender um peixe gramatiqueiro para lá de podre.Enquanto não se reconhecer a especificidade do português brasileiro dentro doconjunto de línguas derivadas do português quinhentista transplantados para as colônias, enquanto não se reconhecer que o português brasileiro é uma língua em si, com gramática própria, diferente da do português europeu, teremos de conviver com essas situações no mínimo patéticas.A principal característica dos discursos marcadamente ideologizados (sejam eles da direita ou da esquerda) é a impossibilidade de ver as coisas emperspectiva contínua, em redes complexas de elementos que se cruzam e entrecruzam, em ciclos constantes. Nesses discursos só existe o preto e obranco, o masculino e o feminino, o mocinho e o bandido, o certo e o errado e por aí vai.Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter seoriginado de um ancestral comum. Mas essa visão mais sofisticada não interessava ao fundamentalismo religioso que precisava de um lema distorcidocomo “o homem vem do macaco” para empreender sua campanha obscurantista, que permanece em voga até hoje (inclusive no discurso dacandidata azul disfarçada de verde à presidência da República no ano passado).Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas maisdistantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa nãosignifica automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los aomundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já fazparte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte dagramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, édever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles – se julgarem pertinente, adequado e necessário – possam vir a usá-laTAMBÉM. O problema da ideologia purista é esse também. Seus defensores não conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assiti ao filme,que a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos brasileiros) quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou trêsgatos pingados).O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo) é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa”, no exato momento em quea defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que defendem rejeitaria imediatamente. Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: “Como é que fica então as concordâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhedevolvo a pergunta: “E as concordâncias, como é que ficam então?Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-84809744694466790742011-05-07T14:24:00.002-03:002011-05-07T14:26:54.263-03:00OSAMA E OBAMA - por Frei BettoEstranho que a CIA, ao declarar que assassinou Osama bin Laden, não tenha exibido o corpo, como fez à sobeja com outro “troféu de caça”: Ernesto Che Guevara.<br /><br />Bin Laden saiu da vida para entrar na história. Até aí, nada de novo. A história, da qual poucos têm memória, está repleta de bandidos e terroristas, cujos nomes e feitos quase ninguém lembra. Os mais conhecidos são o rei Herodes; Torquemada, o grande inquisidor; a rainha Vitória, a maior traficante de drogas de todos os tempos, que promoveu, na China, a Guerra do Ópio; Hitler; o presidente Truman, que atirou bombas atômicas sobre as populações de Hiroshima e Nagasaki; e Stálin.O perigo é que Osama passe da história ao mito e, de mito, a mártir. Sua morte não deveria merecer mais do que uma nota nas páginas interiores dos jornais. No entanto, como os EUA são um país necrófilo, que se nutre de vítimas de suas guerras, Obama transforma Osama num ícone do mal, atiçando o imaginário de todos aqueles que, por alguma razão, odeiam o imperialismo estadunidense.Saddam Hussein, marionete da Casa Branca manipulada contra a revolução islâmica do Irã, demonstrou que o feitiço se volta contra o feiticeiro.Desde 1979, Osama bin Laden tornou-se o braço armado da CIA contra a ocupação soviética no Afeganistão. A CIA ensinou-o a fabricar explosivos e realizar ataques terroristas, movimentar sua fortuna por meio de empresas-fantasmas e paraísos fiscais, operar códigos secretos e infiltrar agentes e comandos.“Bin Laden é produto dos serviços americanos”, afirmou o escritor suíço Richard Labévière. Derrubado o Muro de Berlim, desde 1990 Bin Laden passou a apontar seu arsenal terrorista para o coração de Tio Sam.O terrorismo é execrável, ainda que praticado pela esquerda, pois todo terrorismo só beneficia um lado: a extrema direita. Na vida se colhe o que se planta. Isso vale para as dimensões pessoal e social. Se os EUA são hoje atacados de forma tão violenta é porque, de alguma forma, eles se valeram do seu poder para humilhar povos e etnias.Há décadas abusam de seu poder, como é o caso da ocupação de Porto Rico; da base naval de Guantánamo, encravada em Cuba; das guerras ao Iraque, ao Afeganistão e, agora, à Líbia; da participação nas guerras da Europa Central; da omissão diante dos conflitos e das ditaduras árabes e africanas.Já era tempo de os EUA, como mediadores, terem induzido árabes e israelenses a chegarem a um acordo de paz. Tudo isso foi sendo protelado, em nome da hegemonia de Tio Sam no planeta. De repente, o ódio irrompeu da forma brutal, mostrando que o inimigo age, também, fora de toda ética, com a única diferença de que ele não dispõe de fóruns internacionais para legitimar sua ação criminosa, como é o caso da conivência da ONU com os genocídios praticados pela Casa Branca.Quem conhece a história da América Latina sabe muito bem como os EUA, nos últimos 100 anos, interferiram diretamente na soberania de nossos países, disseminando o terror. Maurice Bishop foi assassinado pelos boinas verdes em Granada; os sandinistas foram derrubados pelo terrorismo desencadeado por Reagan; os cubanos continuam bloqueados desde 1961, sem direito a relações normais com os demais países do mundo, e uma parte de seu território, Guantánamo, continua invadida pelo Pentágono.Nas décadas de 1960 e 1970, ditaduras foram instauradas no Brasil, na Argentina, no Chile, no Uruguai, na Bolívia, na Guatemala e em El Salvador, com o patrocínio da CIA e sob a orientação de Henry Kissinger.Violência atrai violência, dizia dom Hélder Câmara. O terrorismo não leva a nada, exceto a endurecer a direita e suprimir a democracia, levando os poderosos à convicção de que o povo é incapaz de governar-se por si mesmo.Vítimas inocentes não podem ser sacrificadas para satisfazer a ganância de governos imperiais que se julgam donos do mundo e pretendem repartir o planeta como se fossem fatias de um apetitoso bolo. Os atentados de 11 de setembro de 2001 demonstraram que não há ciência ou tecnologia capaz de proteger pessoas ou nações. Inútil os EUA gastarem trilhões de dólares em esquemas sofisticados de defesa. Melhor seria que essa fortuna fosse aplicada na paz mundial, que só irromperá no dia em que ela for filha da Justiça.A queda do Muro de Berlim pôs fim ao conflito Leste-Oeste. Resta agora derrubar a muralha da desigualdade entre Norte-Sul. Sem que o pão seja nosso, nem o Pai nem a paz serão nossos.<br />* Frei BettoUtopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-51467208168358918252011-05-07T14:17:00.002-03:002011-05-07T14:24:10.264-03:00BIN LADEN E A ÚLTIMA AVENTURA DO SUPER HOMEM<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Zfey1Woqnws/TcWAKbm0aXI/AAAAAAAAAGE/BFPL4KBR_h4/s1600/foto_mat_27640.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5604026228030073202" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 160px; CURSOR: hand; HEIGHT: 182px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-Zfey1Woqnws/TcWAKbm0aXI/AAAAAAAAAGE/BFPL4KBR_h4/s320/foto_mat_27640.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div>Bin Laden e a última aventura do Super Homem </div><br /><br /><br /><div><br />Para entender por que agora, justamente agora, nesta data entre todas as outras possíveis, decidiu-se realizar o “justiçamento” de Bin Laden, talvez seja necessário vincular sua morte repentina e desejada com dois acontecimentos aparentemente desconectados que surgiram na semana passada: o anúncio do Super Homem (na sua história n° 900) de que pensava ir às Nações Unidas para renunciar à cidadania norteamericana, e a divulgação pelo presidente Barack Obama da certidão de nascimento que comprova sua nacionalidade estadunidense. Terá sido uma suprema coincidência? O artigo é de Ariel Dorfman.<br />Ariel Dorfman - Página/12</div><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><div><br />Pode ser uma suprema coincidência? Ou por acaso tem gato – ou super herói – nesta tuba?Para entender por que agora, justamente agora, nesta data entre todas as outras possíveis, decidiu-se realizar o “justiçamento” de Bin Laden, talvez seja necessário vincular sua morte repentina e desejada com dois acontecimentos aparentemente desconectados que surgiram na semana passada.O primeiro, que causou entre os fanáticos da guerra entre o bem e o mal quase tanta consternação como o assassinato do funesto e lúgubre chefe da Al Qaeda, ainda que menos júbilo, foi o anúncio do Super Homem (na história n° 900 do aniversário que celebra suas peripécias) de que pensava ir às Nações Unidas para renunciar à cidadania norteamericana. O Homem de Aço que, desde sua primeira aparição inaugural na revista Action, em junho de 1938, veste-se com as cores da bandeira estadunidense e age em nome dos valores norteamericanos, chegou a essa decisão tão drástica depois de sofrer críticas do encarregado de segurança do governo estadunidense (um homem negro parecido com Colin Powell) por ter voado até Teerã para demonstrar, durante 24 horas, sua solidariedade com os manifestantes da Revolução Verde que protestavam contra o despotismo de Ahmadinejad e seus partidários.O governo do Irã (na história em quadrinhos, é claro, já que duvido que os aiatolás reais se dediquem a ler dissimuladamente as aventuras de Superman) denunciou esse ato – por silencioso que fosse e motivado pela não violência – como uma ingerência do Grande Satã em seus assuntos internos, quase como uma declaração de guerra. Os autocratas do Irã me desagradam muito, mas não se objetar sua lógica de aceitar as palavras do próprio Homem de Aço que encarna há décadas o conjunto “truth, justice and the American way” (verdade, justiça e o modo americano de vida). De modo que o Super Homem, para poder agir daqui em diante para além das fronteiras nacionais e os interesses circunstanciais de qualquer Estado, se viu obrigado a estabelecer sua independência frente a seu país adotivo. Porque, de fato, o Super Homem não nasceu nos Estados Unidos, mas sim no planeta Krypton, chegando bebê (sem passar por aduanas nem imigração) ao Kansas em uma pequena nave espacial, sendo acolhido neste território, no centro dos EUA, pelos Kent, fazendeiros que personificam personificam precisamente o “american way”. Era Ka-El. Virou Clark Kent.É difícil exagerar a indignação com que este ato audacioso de renunciar à cidadania, esta “bofetada” do Superman, foi recebida pelo povo norteamericano. Eu li blogueiros defendendo seriamente que o novo campeão do internacionalismo fosse deportado para seu planeta de origem (como se fosse um mexicano ilegal), e já circula um abaixo assinado para que os executivos da Time Warner (donos da empresa que comercializa o Super Homem) forcem os autores da história a se retratar. Além disso, vários comentaristas conservadores viram esse insulto do super herói como a prova definitiva da decadência do país mais poderoso da terra: até o ídolo que representa mais universalmente nosso modo de vida está nos dando as costas!.Não sei se o presidente Obama segue atentamente as aventuras do Super Homem (sabe-se que é um fã do Homem Aranha, de cuja origem nova-iorquina não cabem dúvidas), mas alguém deve ter chamado a sua atenção sobre a perda de prestígio que significa a deserção de um tal titã. O que acontece, por exemplo, se o Homem de Aço, guia dos despossuídos, decide fechar Guantánamo ou usar seus olhos de raios X para liberar alguns Super Wikileaks, agora que já deve lealdade à bandeira norteamericana? O que acontece se ele se põe a serviço de uma potência como a China? – ainda que, pensando bem, não haja muita Verdade ou Justiça neste país, de modo que ele seguramente não aceitaria esse tipo de aliança. Em todo o caso, os conselheiros de Obama devem ter lhe explicado que a defecção de Super Homem deveria ser tratada como uma imensa crise cultural e ideológica que inclusive poderia custar a reeleição ao presidente, uma vez que os republicanos já cozinhavam planos para acusá-lo de ter “perdido” o Super Homem (como ocorreu com Cuba ou Vietnã).A resposta de Obama foi genial: ao matar Bin Laden, provava que os EUA não necessitava de um homem musculoso que voa e atravessa paredes para defender-se dos terroristas, pois, para isso, tem helicópteros e tropas especiais como os Seals, computadores e armas – como que não – de aço. Um modo de restaurar a confiança nacional que estava machucada e que dificilmente poderia tolerar outro menosprezo à sua auréola.É claro que, antes de poder realizar aquela operação no Paquistão, Obama tinha que acertar outro assunto, um problema que o rondava há vários anos. Como iria apresentar-se perante o mundo e anunciar o assassinato de Bin Laden em nome dos Estados Unidos se uma insólita porcentagem de seu próprio povo duvidada que seu presidente era, de fato, norteamericano? Como criar o contraste com o trânsfuga Super Homem se Obama mesmo era acusado de ter nascido no estrangeiro, no Quênia, que, como se sabe, está muito mais longe do Kansas do que o planeta Krypton, por mais que os três lugares compartilhem a kafkiana letra K?Isso levou Obama a divulgar, há alguns dias, sua certidão de nascimento, tapando a boca daqueles que o apontavam como um “alien” (alheio, estrangeiro, mas também extraterrestre, outro significativo paralelo entre o presidente e o super herói). Por certo que um conjunto de seus concidadãos segue acreditando que Obama não nasceu em território norteamericano. Insistem que o documento foi flasificado, que o hospital foi subornado e que a mãe (nascida originalmente nada mais nada menos que no Kansas) trouxe o menino de contrabando para o Wawaí, porque sabia que, dali a quarenta e tantos anos, aquele menino mulato seria presidente. Creio que a única maneira desses recalcitrantes aceitarem que Obama nasceu nos EUA seria ele branquear inteiramente a cara e toda a pele. Aí ele já não seria mais um “alien”.Mas, para a maioria de seus compatriotas, Obama conseguiu em uma semana uma verdadeira e tripla proeza. Ao provar que era um presidente legítimo, pode, armado de seu certificado de nascimento e também do exército mais poderoso do globo, eliminar o sinistro inimigo número um dos Estados Unidos. E sem precisar da intervenção do Super Homem.E agora?Agora, proponho uma façanha de verdade: já que a razão pela qual Bush invadiu o Afeganistão era o apoio que os talibãs ofereciam a Bin Laden, não chegou o momento de retirar todas as forças norte-americanas desse país de montanhas e guerrilhas?Estou seguro que o Super Homem, em parceria com as Nações Unidas e esgrimindo seu novo passaporte cosmopolita e global, ficaria feliz em ajudar no transporte rápido das tropas. Seria bonito vermos isso nas próximas aventuras do Homem de Aço, seria alentador que Obama e o Superman – ambos com suas origens no Kansas, ambos menosprezados por serem “estrangeiros” – colaborassem para criar pelo menos um pequeno oásis de paz no mundo onde infelizmente escasseiam hoje tanto a verdade como a justiça.</div><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><div>(*) Ariel Dorfman é escritor. Seu romance mais recente é “Americanos: Los passos de Murieta”.</div>Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-7175492959833587622011-05-07T11:57:00.002-03:002011-05-07T12:06:05.482-03:00A VELHA MÍDIA (PIG) E A DEMOCRACIA<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Ok8dXyM1yHE/TcVf1WG_uXI/AAAAAAAAAF8/BZ2G84kwnoY/s1600/luta-midia-1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603990681405077874" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 210px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-Ok8dXyM1yHE/TcVf1WG_uXI/AAAAAAAAAF8/BZ2G84kwnoY/s320/luta-midia-1.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div>LEIA A SEGUIR UM ARTIGO QUE MOSTRA MUITO BEM O PIG, QUE ELE CHAMA DE VELHA MÍDIA E A NECESSIDADE DE UM NOVO CÓDIGO, UMA NOVA LEI PARA OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, E PARA AS CONCESSÕES PÚBLICAS COMO EFETIVAÇÃO DE UMA VERDADEIRA DEMOCRACIA, COISA QUE AS NOVAS MÍDIAS (BLOGS, TWITTERS...) ESTÃO COLABORANDO.</div><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><div>Reproduzo artigo de Emiliano José, publicado no sítio da revista Caros Amigos:</div><br /><br /><br /><div><br />O tema da democratização dos meios de comunicação não é novo no Brasil. Vem sendo levantado há tempos, especialmente por organizações sociais voltadas à garantia dos direitos dos brasileiros e brasileiras, feridos por uma comunicação submetida exclusivamente a um grupo seleto de famílias proprietárias, cujo discurso uniforme não contempla a diversidade cultural, política, social, étnica, de gênero, da sociedade.<a name="more"></a>O problema da comunicação é tão sério no Brasil que não pode ser entregue apenas aos jornalistas, que também compreendem nosso profundo atraso. E por atraso, aqui, leia-se não apenas o monopólio ou oligopólio familiar da velha mídia, mas, também, o fato de termos um Código de Telecomunicações de 1962, prestes a completar meio século – ou seja, anterior ao auge da televisão e da reviravolta gerada na cena midiática com a predominância digital. Não há justificativa para qualquer protelação no enfrentamento do problema.Reforma urgenteSe falamos, e com razão, de reformas urgentes no País, como a reforma política, para a consolidação da vida democrática, todos nós temos responsabilidade de apressar o novo marco regulatório para as comunicações no Brasil. Que não nos rendamos aos argumentos mentirosos da velha mídia que pretende confundir regulação com censura, opor regulação à liberdade de imprensa. Fossem verdadeiros tais argumentos, os países de democracia já consolidada teriam de ser acusados de inimigos da liberdade de imprensa porque a esmagadora maioria deles está submetida a leis de regulação bastante rigorosas.Recente trabalho da Unesco sobre a mídia no Brasil, divulgado de maneira envergonhada pela maior parte de nossa velha mídia, evidencia o que estou dizendo. A regulação, aliás, é que garante a liberdade de expressão e, também, a liberdade de imprensa, segundo o trabalho. Havendo regulação, se democrática como deve ser, haverá necessariamente uma pluralidade de vozes nos meios de comunicação, e não essa espécie de pensamento único a que estamos submetidos atualmente.Não se pretende, claro, uma transformação por dentro da mídia. Ela continuará preconceituosa, elitista, e sempre alinhada com projetos políticos conservadores no Brasil. Tem provado isso. Tem demonstrado coerência, isso ninguém pode ou deve negar. O que se pretende, ao contrário do que dizem os adversários da democratização, é o cumprimento do princípio democrático da máxima dispersão da propriedade, como diria o professor Venício Lima (quem quiser conhecer um pouco da larga visão desse professor, recomendo seu último e notável livro “Regulação das comunicações - História, poder e direitos”, da Editora Paulus).Respeito à ConstituiçãoOs que lutam pelo direito à comunicação pretendem democratizar o acesso aos meios. Isto significa garantir que as rádios comunitárias se expandam pelo Brasil afora, organizadas pela sociedade, por entidades da sociedade civil. Garantir a existência de um sistema público de comunicação, como determina a Constituição, que fala no princípio da complementaridade entre o setor privado, o estatal e o público. Assegurar que não prevaleçam monopólios da mídia, tão evidentes atualmente e já de algum tempo, proibição expressa também pela Constituição de 1988, cujos artigos referentes à comunicação ainda carecem, estranhamente ou compreensivelmente, de regulamentação.Pretendemos garantir que todos os meios de comunicação, inclusive a velha mídia, respeitem os princípios da preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas. Além de promover a cultura nacional e regional e estimular a produção independente, como também, obedecer aos princípios da regionalização da produção cultural, artística e jornalística.E, por fim, que se respeitem, em toda a programação, os valores éticos e sociais da pessoa e da família, conforme está escrito em nossa Constituição e que, há muito tempo, são desrespeitados flagrantemente pela velha mídia.De alguma forma, para além de um novo marco regulatório, a regulamentação da Constituição já seria um passo adiante na ordenação da nossa mídia, já significaria uma nova configuração dos meios de comunicação, uma configuração muito mais democrática.Vejam bem: o que estamos pedindo é o cumprimento do que está estabelecido na Constituição como um dos primeiros passos para a democratização da mídia. Como, por exemplo, colocar em funcionamento o Conselho de Comunicação Social, barrado até agora no Senado. Embora existente, não são nomeados os seus integrantes e não é colocado em prática.A perspectiva de aprovação de um marco regulatório geral para as comunicações se inserem num movimento muito amplo em toda a América Latina. A Argentina, por exemplo, aprovou recentemente uma Lei de Meios, adequando o País às novas circunstâncias, tornando-o contemporâneo dessa era midiática, deixando de se subordinar às velhas mídias e opondo-se aos ditames dos oligopólios. Nós não podemos continuar como se nada tivesse acontecido dos anos 60 do século passado até hoje.Apesar de tudo, há sinais de mudanças, tanto no campo das iniciativas do Estado brasileiro, quanto de impactos decorrentes das novas mídias. No governo Lula, houve a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a convocação da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, além do lançamento do Plano Nacional de Banda Larga e o início de um processo de regionalização das verbas de publicidade oficial, além das primeiras iniciativas estaduais de criação de Conselhos de Comunicação Social no Ceará e na Bahia.Na parte final do segundo mandato do presidente Lula, o ministro Franklin Martins capitaneou um processo de discussão sobre um novo marco regulatório das comunicações. O projeto desse novo marco foi concluído e está nas mãos do ministro Paulo Bernardo. Nossa expectativa é que ele chegue logo à Câmara Federal para que iniciemos uma ampla discussão, envolvendo os parlamentares e todos os setores da sociedade brasileira que tenham interesse no assunto.As novas mídias, impulsionadas e garantidas pela internet, estabelecem o contraponto com a velha mídia. A internet desafia hoje a tudo e a todos. Há a configuração de uma nova sociabilidade, uma nova forma de estar no mundo pelas transformações que ela provoca. O programa que as velhas mídias têm para o Brasil, hoje, enfrenta contrapontos nada desprezíveis, a partir dos tantos blogs, portais que não estão submetidos ao pensamento único da oligarquia midiática. Mas, isso nós não vamos discutir aqui por sua amplitude.No Brasil, as mudanças não são tão rápidas, mas acontecem, e muitas delas só como decorrência da pressão popular, da movimentação social. Só creio em mudanças no campo das comunicações se a sociedade brasileira compreender a importância de fazer valer seu direito à comunicação.Frente do Direito à ComunicaçãoFoi com esta visão geral que lançamos a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação com participação popular, no dia 19 de abril, na Câmara Federal. Importante dizer que, além dos mais de 190 parlamentares que subscreveram o manifesto de constituição da frente, houve uma intensa participação de entidades da sociedade civil de todo o País, quase 100 delas, todas interessadas na democratização das comunicações no Brasil.Rendo minhas homenagens, por dever de justiça, à deputada Luiza Erundina, que vem se dedicando a essa luta há muito tempo, e que, por isso mesmo, inclusive por proposta minha, tornou-se coordenadora da frente, com absoluta justiça. Destaco a quase totalidade da bancada do PT, signatária do manifesto de constituição da frente, o deputado Paulo Pimenta, também do PT, autor da chamada PEC do diploma, os deputados Jean Willis, Ivan Valente e Chico Alencar, do PSOL, a deputada Jandira Feghali, do PC do B, e o deputado Brizola Neto, do PDT, dentre tantos que contribuíram para a constituição dessa frente, que tem muito trabalho e muita luta para desenvolver. Não custa repetir: a luta continua.* Emiliano José é jornalista, doutor em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia, escritor e deputado federal (PT/BA).</div>Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-22662086848290597612011-05-07T11:51:00.002-03:002011-05-07T11:53:46.346-03:00A MORTE DE BIN LADEN: FEZ-SE VINGANÇA, NÃO JUSTIÇA<a href="http://4.bp.blogspot.com/-3W9h-xa26rw/TcVc46zh_oI/AAAAAAAAAF0/ho-YnkwgopE/s1600/aguia%2BEUA.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603987444260273794" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 257px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-3W9h-xa26rw/TcVc46zh_oI/AAAAAAAAAF0/ho-YnkwgopE/s320/aguia%2BEUA.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div>Reproduzo artigo do teólogo Leonardo Boff, publicado no blog de <a href="http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-morte-de-bin-laden-por-leonardo-boff#more">Luis Nassif</a>:</div><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><div>Fez-se vingança, não justiça</div><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><div>Alguém precisa ser inimigo de si mesmo e contrário aos valores humanitários mínimos se aprovasse o nefasto crime do terrorismo da Al Qaeda do 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque. Mas é por todos os títulos inaceitável que um Estado, militarmente o mais poderoso do mundo, para responder ao terrorismo se tenha transformado ele mesmo num Estado terrorista. Foi o que fez Bush, limitando a democracia e suspendendo a vigência incondicional de alguns direitos, que eram apanágio do pais. Fez mais, conduziu duas guerras, contra o Afeganistão e contra o Iraque, onde devastou uma das culturas mais antigas da humanidade na qual foram mortos mais de cem mil pessoas e mais de um milhão de deslocados.<a name="more"></a>Cabe renovar a pergunta que quase a ninguém interessa colocar: por que se produziram tais atos terroristas? O bispo Robert Bowman de Melbourne Beach da Flórida que fora anteriormente piloto de caças militares durante a guerra do Vietnã respondeu, claramente, no National Catholic Reporter, numa carta aberta ao Presidente: "Somos alvo de terroristas porque, em boa parte no mundo, nosso Governo defende a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos de terroristas porque nos odeiam. E nos odeiam porque nosso Governo faz coisas odiosas”. Não disse outra coisa Richard Clarke, responsável contra o terrorismo da Casa Branca numa entrevista a Jorge Pontual emitida pela Globonews de 28/02/2010 e repetida no dia 03/05/2011. Havia advertido à CIA e ao Presidente Bush que um ataque da Al Qaeda era iminente em Nova York. Não lhe deram ouvidos. Logo em seguida ocorreu, o que o encheu de raiva. Essa raiva aumentou contra o Governo quando viu que com mentiras e falsidades Bush, por pura vontade imperial de manter a hegemonia mundial, decretou uma guerra contra o Iraque que não tinha conexão nenhuma com o 11 de setembro. A raiva chegou a um ponto que por saúde e decência se demitiu do cargo.Mais contundente foi Chalmers Johnson, um dos principais analistas da CIA também numa entrevista ao mesmo jornalista no dia 2 de maio do corrente ano na Globonews. Conheceu por dentro os malefícios que as mais de 800 bases militares norte-americanas produzem, espalhadas pelo mundo todo, pois evocam raiva e revolta nas populações, caldo para o terrorismo. Cita o livro de Eduardo Galeano “As veias abertas da A.Latina” para ilustrar as barbaridades que os órgãos de Inteligência norte-americanos por aqui fizeram. Denuncia o caráter imperial dos Governos, fundado no uso da inteligiência que recomenda golpes de Estado, organiza assassinato de líderes e ensina a torturar. Em protesto, se demitiu e foi ser professor de história na Universidade da Califórnia. Escreveu três tomos “Blowback”(retaliação) onde previa, por poucos meses de antecedência, as retaliações contra a prepotência norte-americana no mundo. Foi tido como o profeta de 11 de setembro. Este é o pano de fundo para entendermos a atual situação que culminou com a execução criminosa de Osama Bin Laden.Os órgãos de inteligência norte-americanos são uns fracassados. Por dez anos vasculharam o mundo para caçar Bin Laden. Nada conseguiram. Só usando um método imoral, a tortura de um mensageiro de Bin Laden, conseguiram chegar ao seu esconderijo. Portanto, não tiveram mérito próprio nenhum.Tudo nessa caçada está sob o signo da imoralidade, da vergonha e do crime. Primeiramente, o Presidente Barak Obama, como se fosse um “deus” determinou a execução/matança de Bin Laden. Isso vai contra o princípio ético universal de “não matar” e dos acordos internacionais que prescrevem a prisão, o julgamento e a punição do acusado. Assim se fez com Hussein do Iraque,com os criminosos nazistas em Nürenberg, com Eichmann em Israel e com outros acusados. Com Bin Laden se preferiu a execução intencionada, crime pelo qual Barak Obama deverá um dia responder. Depois se invadiu território do Paquistão, sem qualquer aviso prévio da operação. Em seguida, se sequestrou o cadáver e o lançaram ao mar, crime contra a piedade familiar, direito que cada família tem de enterrar seus mortos, criminosos ou não, pois por piores que sejam, nunca deixam de ser humanos.Não se fez justiça. Praticou-se a vingança, sempre condenável. "Minha é a vingança" diz o Deus das escrituras das três religiões abraâmicas. Agora estaremos sob o poder de um Imperador sobre quem pesa a acusação de assassinato. E a necrofilia das multidões nos diminui e nos envergonha a todos.</div>Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-61789025102793133942011-05-07T11:35:00.002-03:002011-05-07T11:44:23.228-03:00SILVIO SANTOS E A NOVELA AMOR E REVOLUÇÃO<a href="http://4.bp.blogspot.com/-NyNRUlhVuGo/TcVar12JHoI/AAAAAAAAAFs/hzSQT2N-t1Q/s1600/amor_e_revolucao.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603985020567494274" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 316px; CURSOR: hand; HEIGHT: 316px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-NyNRUlhVuGo/TcVar12JHoI/AAAAAAAAAFs/hzSQT2N-t1Q/s320/amor_e_revolucao.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div>MESMO CONCORDANDO COM IZAÍS ALMADA, ISTO É, A POSTAGEM A SEGUIR, CONTINOU DEFENDENDO QUE AO MENOS UMA NOVELA ASSIM COMO AMOR E REVOLUÇÃO TEM UM CONTEXTO HISTÓRICO, QUE PARA ALGUNS É UM CONTATO INICIAL E QUE PODE DESPERTAR CURIOSIDADE PARA APROFUNDAR, PESQUISAR, PARA OUTROS É UM REALIMENTAR-SE NA PAIXÃO REVOLUCIONÁRIA... PORTANTO SOMANDO OS PRÓS E CONTRAS É MUITO MELHOR DO QUE A ÁGUA COM AÇUCAR E UMA PITADA DE ALUCINÓGENO QUE A GLOBO NOS OFERECE... CONTINUEM ASSISTINDO...</div><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><div>Reproduzo artigo de Izaías Almada, publicado no blog <a href="http://www.rodrigovianna.com.br/colunas/reflexoes/ah-sim-agora-entendi.html">Escrevinhador</a>:</div><br /><br /><br /><div></div><br /><br /><br /><div>Quando ouvi dizer que o canal de televisão do senhor Sílvio Santos iria produzir uma telenovela sobre o golpe de 1964, fiquei logo curioso. O SBT?!!! Seria contra ou a favor do golpe? Ou, antes, pelo contrário? A ideia era interessante, mas conhecendo a televisão brasileira… Tinha eu que vencer o preconceito. Afinal, pensei, na pior das hipóteses existiria a possibilidade das novas gerações conhecerem um pouco sobre a nossa ditadura mais recente.Veio a divulgação, a expectativa da estreia, as entrevistas sobre pesquisas, investigações históricas, depoimentos de militares e ex-presos políticos, enfim todo o pano de fundo necessário para, quem sabe, tirar alguns pontinhos do Ibope das emissoras concorrentes. E, claro, justificar a escolha de tema tão delicado e polêmico, mas aliciante para um gênero dramatúrgico de grande empatia no Brasil.Contudo, pensei, o empresário Sílvio Santos, com seu eterno e enigmático sorriso, não é diferente de outros empresários na área da comunicação social, quer em jornais, revistas, rádio, televisão e a atual coqueluche mundial: a internet e sua rede social. À exceção de alguns sites e blogs dessa última forma de comunicação, todas as outras mencionadas, quer no Brasil e mesmo no mundo, na sua maioria pertencem a grupos que têm dado provas mais do que evidentes de serem apenas porta vozes de interesses corporativos próprios ou de seus principais anunciantes. Até aí, nenhuma novidade, pois essa é a chamada regra do jogo. E para aqui a ética não foi chamada, ou melhor, foi abandonada.É sabido que no Brasil o grande mercado televisivo se alimenta dos horários distribuídos entre as telenovelas, os jogos de futebol, os telejornais e os programas de auditório, onde se despejam as grandes verbas publicitárias. Como jogos de futebol e programas de auditórios se nivelam pelas paixões mais comezinhas e deixam a desejar quanto a formar a opinião política dos cidadãos, é na área do telejornalismo e da telenovela que a porca torce o rabo, como diria meu velho pai… Aqui, sim, não dá para tapar o sol com a peneira.No jornalismo, apesar de tudo, ainda se encontram alguns bolsões de dignidade e de profissionais que se mantêm dentro da prática de um jornalismo investigativo de qualidade, com a apresentação de questões relevantes nas ciências, nas artes, na política, ou que apresentam denúncias baseadas em fatos que as comprovam, na tentativa de ouvir os dois lados de uma questão, na busca do contraditório, etc. Não muitos, como seria desejável, mas existem. E quanto às telenovelas?“Amor e Revolução” é uma novela maquiada de imparcialidade para falar de um período bastante difícil e controverso da política contemporânea brasileira. Caricata e mal feita, quer à direita e à esquerda do espectro político. De repente, a tal geração, para a qual a novela procuraria mostrar o que foram os “anos de chumbo”, desinformada que é, e pelo que se viu até agora, ficará dividida mais uma vez entre “torcer” para os bons contra os maus. Mas para muitos personagens, como o general Lobo Guerra e os policiais torturadores, ou mesmo alguns dos depoentes finais, os maus são os comunistas, que queriam transformar o Brasil numa China, União Soviética ou Cuba… E agora?Qual o sistema econômico ideal, o regime político ideal? Já que se criou ao longo dos tempos a falsa dicotomia que identifica ditadura com fascismo e/ou comunismo e democracia com capitalismo, a resposta – para muitos, óbvia – será democracia e capitalismo. Mas qual democracia? A democracia do poder econômico? A democracia onde a justiça é realmente cega? A democracia que favorece a especulação financeira no lugar da produção? A democracia que ignora a justiça social? A democracia que tolera a impunidade e a corrupção?Acabei, por fim, decifrando o enigma. No seu programa dominical do dia 24 de abril, o senhor Sílvio Santos – contando com a presença de uma atriz mirim da novela – expressou a sua opinião como cidadão, artista e empresário. Considerou ele que a novela deveria ter mais amor e menos revolução, isto é, mais beijos e menos cenas de tortura. Dirigindo-se à pequena atriz que participava do programa, SS arrematou: “Se você vivesse no comunismo, hoje teria que dividir o seu apartamento com mais de 20 pessoas”.Agora entendi a novela do SBT: se não fossem os militares à maneira do general Lobo Guerra e os policiais à imagem dos personagens Fritz e do delegado Aranha livrarem o Brasil do comunismo à custa de torturas, prisões, desaparecimentos, cassações de mandatos, fechamento de sindicatos e entidades estudantis, censura à imprensa, tudo isso com o apoio de empresários brasileiros e da embaixada norte-americana no Brasil, nós hoje seríamos um país onde o próprio Sílvio Santos teria que dividir sua mansão no Morumbi provavelmente com 20 desses miseráveis da periferia. Pasmem.E com certeza, muitos desses miseráveis compraram carnês do Baú da Felicidade.</div>Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-56823251799958991652011-04-11T16:22:00.006-03:002011-04-11T16:53:45.789-03:00REFLEXÃO SOBRE A ESCOLA DE REALENGOMUITAS BESTEIRAS SE OUVIU DE ESPECIALISTAS SOBRE A TRAGÉDIA DE REALENGO... CONCLUSÕES PRECIPITADAS, PRECONCEITOS... PRECISAMOS REFLETIR, COLOCO AQUI UM TEXTO QUE ACHEI INTERESSANTE... A tragédia no Realengo, a meu ver, pode e deve ser início de um debate importante sobre a nossa sociedade. A tragédia na escola do Rio de Janeiro acontece num contexto bastante relevante. Em outubro de 2009, Geyse Arruda foi hostilizada por seus colegas de faculdade porque, segundo eles, ela não sabia se vestir de modo “apropriado” para freqüentar as aulas. Em junho de 2010, Bruno, goleiro do Flamengo, é suspeito de matar a ex-namorada, Elisa Samudio, por não querer pagar pensão ao filho. Suposta garota de programa, Samudio foi hostilizada na opinião de muitos brasileiros. Após rompimento, Mizael Bispo, inconformado, mata sua ex-namorada Mércia Nakashima em maio de 2010. Em novembro de 2010, grupos de jovens agridem homossexuais na Avenida Paulista, enquanto Mayara Petruso incita o assassinato de nordestinos pelo Twitter. E mais recentemente, em cadeia nacional, Jair Bolsonaro faz discurso de ódio contra homossexuais e negros. Tudo isso instigado e complementado pelo discurso intolerante, preconceituoso, conservador e mentiroso do candidato José Serra à presidência da República. A mídia? Estava ao lado de Serra, corroborando em suas artimanhas, reforçando preconceitos contra Dilma, contra as mulheres e contra os tantos mais “adversários” do candidato tucano. Wellington matou mais meninas na escola carioca. Se, por um lado, jamais saberemos as reais razões que o fizeram agir dessa forma, por outro sabemos o quanto a sociedade brasileira tem sido, no mínimo, indulgente com atos de intolerância, machismo, ódio e preconceito contra mulheres, negros e homossexuais. Se não há uma ligação direta entre esses diversos acontecimentos, eles pelo menos nos fazem pensar o quanto vale a vida de alguém em um contexto de tantos ódios? Quantas mulheres morrerão hoje vítimas do machismo? Quantos gays sofreram violência física? Quantos negros sentirão declaradamente o ódio racial que impregna o nosso país? O que é o bullying se não o prolongamento para a escola desse tipo de mentalidade? Quantas pessoas apoiaram as declarações de ódio de Bolsonaro via Facebook? Aquilo que acontece no ambiente escolar nada mais é do que um microcosmo do que a sociedade elege como valores primordiais. E o Brasil, que por tanto tempo negou a “pecha” de racista e preconceituoso, vê sua máscara cair. Não adianta culpar o bullying, achando que ele é um problema de jovens, um problema das escolas. Não adiante grades e detectores de metal nas entradas ou a proibição da venda de armas. Como professora, sei que o que os alunos reproduzem em sala nada mais é do que ouviram da boca de seus pais ou na mídia. Não adianta pedir paz e tolerância no colégio enquanto a mídia e a sociedade fazem outra coisa. Na escola, o problema do bullying é tratado como algo independente da realidade política, econômica e social do país. Mas dá pra separar tudo isso? Dá pra colocar a questão só em “valores” dos adolescentes, da influência do malvado do computador ou dos videogames? Ou é suficiente chamar o ato de Wellington de uma “violência pós-moderna” sem explicação? Das muitas agressões cotidianas, a da escola do Realengo é apenas uma demonstração da potencialidade de nossos ódios. A única coisa que me pergunto é: teremos a coragem de fazer esse tipo de discussão? <br /><div align="justify">Ana Flávia C. Ramos é professora, historiadora pela Unicamp</div>Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-57457803009710565852011-03-18T23:25:00.004-03:002011-03-18T23:55:56.877-03:00ENTREVISTA DO ARRUDA NA VEJA (ESCONDIDA DESDE 09/2010)<a href="http://2.bp.blogspot.com/-DkKedN8Qsr0/TYQbA81EFuI/AAAAAAAAAFk/_BNB5i2IUv4/s1600/serraarruda%255B1%255D.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5585619140988901090" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 141px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/-DkKedN8Qsr0/TYQbA81EFuI/AAAAAAAAAFk/_BNB5i2IUv4/s320/serraarruda%255B1%255D.jpg" border="0" /></a><br /><div>LEIA A SEGUIR A ENTREVISTA QUE O ARRUDA CONCEDEU A REVISTA VEJA...</div><br /><div></div><br /><div>MAS O DETALHE É QUE FOI EM SETEMBRO DE 2010, ISTO É, EM PLENA CAMPANHA ELEITORAL... A REVISTA VEJA ESCONDEU ATÉ HOJE... POR QUÊ? IMAGINA SE FOSSE ALGUÉM LIGADO AO GOVERNO LULA E A DILMA... A VEJA TERIA SEGURADO ESTA ENTREVISTA? ELES, O PIG, PRINCIPALMENTE A VEJA PASSOU A CAMPANHA TODA (BEM COMO OS 8 ANOS DE GOVERNO LULA) INVENTANDO MATÉRIAS, CAPAS, NOTICIAS PARA DETONAR COM O GOVERNO E A CAMPANHA... MAS ESCONDEU ESTA ENTREVISTA... MAS NÃO É SURPRESA... É ASSIM MESMO QUE NOSSA IMPRENSA QUE SE DIZ ISENTA TRABALHA...</div><br /><div></div><br /><div>E PERGUNTO AGORA: QUEM VIU A COBERTURA DADA A ESTA MATÉRIA PELA GLOBO E DEMAIS TVs, POIS DURANTE A CAMPANHA ERA ASSIM: A VEJA INVENTAVA UMA NOTICIA MENTIROSA E A GLOBO FICAVA REPERCUTINDO POR VÁRIOS DIAS EM SEUS TELEJORNAIS... E AGORA O QUE VC VIU NA GLOBO, NOS JORNAIS SOBRE ISSO? PORTANTO É FÁCIL PERCEBER COMO É O TRATAMENTO DADO...</div><br /><div></div><br /><div>AGORA LEIA A ENTREVISTA...</div><br /><div>O senhor é corrupto?</div><br /><div>Infelizmente, joguei o jogo da política brasileira. As empresas e os lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo ou outros negócios vantajosos. Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso. É preciso de muito dinheiro para aparecer bem no programa de TV. E as campanhas se reduziram a isso.</div><br /><div>O senhor ajudou políticos do seu ex-partido, o DEM?</div><br /><div>Assim que veio a público o meu caso, as mesmas pessoas que me bajulavam e recebiam a minha ajuda foram à imprensa dar declarações me enxovalhando. Não quiseram nem me ouvir. Pessoas que se beneficiaram largamente do meu mandato. Grande parte dos que receberam ajuda minha comportaram-se como vestais paridas. Foram desleais comigo.</div><br /><div>Como o senhor ajudou o partido?</div><br /><div>Eu era o único governador do DEM. Recebia pedidos de todos os estados. Todos os pedidos eu procurei atender. E atendi dos pequenos favores aos financiamentos de campanha. Ajudei todos.</div><br /><div>O que senhor quer dizer com “pequenos favores”?</div><br /><div>Nomear afilhados políticos, conseguir avião para viagens, pagar programas de TV, receber empresários.</div><br /><div>E o financiamento? </div><br /><div>Deixo claro: todas as ajudas foram para o partido, com financiamento de campanha ou propaganda de TV. Tudo sempre feito com o aval do deputado Rodrigo Maia (então presidente do DEM).</div><br /><div>De que modo o senhor conseguia o dinheiro?</div><br /><div>Como governador, tinha um excelente relacionamento com os grandes empresários. Usei essa influência para ajudar meu partido, nunca em proveito próprio. Pedia ajuda a esses empresários: “Dizia: ‘Olha, você sabe que eu nunca pedi propina, mas preciso de tal favor para o partido’”. Eles sempre ajudaram. Fiz o que todas as lideranças políticas fazem. Era minha obrigação como único governador eleito do DEM.</div><br /><div>Esse dinheiro era declarado?</div><br /><div>Isso somente o presidente do partido pode responder. Se era oficialmente ou não, é um problema do DEM. Eu não entrava em minúcias. Não acompanhava os detalhes, não pegava em dinheiro. Encaminhava à liderança que havia feito o pedido. Quais líderes do partido foram hipócritas no seu caso?A maioria. Os senadores Demóstenes Torres e José Agripino Maia, por exemplo, não hesitaram em me esculhambar. Via aquilo na TV e achava engraçado: até outro dia batiam à minha porta pedindo ajuda! Em 2008, o senador Agripino veio à minha casa pedir 150 mil reais para a campanha da sua candidata à prefeitura de Natal, Micarla de Sousa (PV). Eu ajudei, e até a Micarla veio aqui me agradecer depois de eleita. O senador Demóstenes me procurou certa vez, pedindo que eu contratasse no governo uma empresa de cobrança de contas atrasadas. O deputado Ronaldo Caiado, outro que foi implacável comigo, levou-me um empresário do setor de transportes, que queria conseguir linhas em Brasília.</div><br /><div>O senhor ajudou mais algum deputado?</div><br /><div>O próprio Rodrigo Maia, claro. Consegui recursos para a candidata à prefeita dele e do Cesar Maia no Rio, em 2008. Também obtive doações para a candidatura de ACM Neto à prefeitura de Salvador.Mais algum?Foram muitos, não me lembro de cabeça. Os que eu não ajudei, o Kassab (prefeito de São Paulo, também do DEM) ajudou. É assim que funciona. Esse é o problema da lógica financeira das campanhas, que afeta todos os políticos, sejam honestos ou não.</div><br /><div>Por exemplo?</div><br /><div>Ajudei dois dos políticos mais decentes que conheço. No final de 2009, fui convidado para um jantar na casa do senador Marco Maciel. Estávamos eu, o ex-ministro da Fazenda Gustavo Krause e o Kassab. Krause explicou que, para fazer a pré-campanha de Marco Maciel, era preciso 150 mil reais por mês. Eu e Kassab, portanto, nos comprometemos a conseguir, cada um, 75 mil reais por mês. Alguém duvida da honestidade do Marco Maciel? Claro que não. Mas ele precisa se eleger. O senador Cristovam Buarque, do PDT, que eu conheço há décadas, um dos homens mais honestos do Brasil, saiu de sua campanha presidencial, em 2006, com dívidas enormes. Ele pediu e eu ajudei.</div><br /><div>Então o senhor também ajudou políticos de outros partidos?</div><br /><div>Claro. Por amizade e laços antigos, como no caso do PSDB, partido no qual fui líder do Congresso no governo FHC, e por conveniências regionais, como no caso do PT de Goiás, que me apoiava no entorno de Brasília. No caso do PSDB, a ajuda também foi nacional. Ajudei o PSDB sempre que o senador Sérgio Guerra, presidente do partido, me pediu. E também por meio de Eduardo Jorge, com quem tenho boas relações. Fazia de coração, com a melhor das intenções.</div>Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-1010737743414893322011-03-08T21:41:00.004-03:002011-03-08T22:28:01.535-03:00VALORES MACHISTAS AINDA PREDOMINAM NAS RELAÇÕES<a href="http://2.bp.blogspot.com/-WX9m1GY9f-4/TXbXeCqxkTI/AAAAAAAAAFc/mHz2eu7ivpU/s1600/129_833-alt-amarildo2%255B1%255D.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5581885699284635954" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 236px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/-WX9m1GY9f-4/TXbXeCqxkTI/AAAAAAAAAFc/mHz2eu7ivpU/s320/129_833-alt-amarildo2%255B1%255D.jpg" border="0" /></a><br /><div>Valores machistas ainda predominam nas relações, diz socióloga<br /><br />A relutância de juízes e delegados de polícia em aplicar a Lei Maria da Penha é uma forma explícita de tentar manter a desigualdade entre homens e mulheres, afirma a socióloga Patricia Castro Mattos. Ela acredita que, além das formas de violência descritas na lei, existem outras formas de “violência simbólica” que perpetuam padrões de comportamento e os desequilíbrios entre os homens e as mulheres.<br />A eleição da primeira presidenta do Brasil aponta para o questionamento da “ordem natural dos sexos”. “Há uma mudança simbólica relevante na eleição de Dilma (Rousseff) que não pode ser ignorada”, revela. Entretanto, segundo ela, não se pode ser excessivamente otimista e afirmar que o Brasil é menos machista por ter eleito uma mulher para a Presidência da República.<br />A intelectual coordena o Núcleo de Estudos de Gênero da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ), em Minas Gerais, e é professora do Departamento de Ciências Sociais. Em sua opinião, ainda estão presentes no país “padrões de percepção, avaliação e comportamento androcêntrico (supervalorização do ponto de vista masculino), machista e sexista”.<br />Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista com a socióloga:<br /><br />É possível dizer que a relação entre gêneros tende a ser mais equilibrada ou mais favorável às mulheres de classe social mais alta?<br />Patrícia Mattos: O fato de as mulheres entrarem no mercado de trabalho, seu maior acesso à instrução formal e sua consequente independência financeira tendem a gerar fricções que podem questionar a “ordem natural dos sexos”, gerando, assim, a possibilidade de mudanças no regime de gêneros. E, nesse caso, as mulheres das classes média e alta, devido ao seu posicionamento social, são privilegiadas em relação às mulheres da classe baixa e tendem a ter relações mais equilibradas com os homens. Isso não significa afirmar, de modo algum, que os padrões de percepção, avaliação e comportamento androcêntrico, machista e sexista não estejam presentes nas relações e práticas sociais e institucionais dessas mulheres privilegiadas. Tenho notado em minhas pesquisas com mulheres de classe média que aquelas que conseguiram uma colocação bem-sucedida no mercado de trabalho, em muitos casos, tendem a apagar as desigualdades de gênero e ressaltar toda a ideologia meritocrática, ainda que elas relatem sofrer, das mais variadas maneiras, “violência simbólica”, que é aquela forma de violência “suave”, que não é percebida enquanto tal pelas suas próprias vítimas. Já com as mulheres de classe baixa, as violências manifestas, abertas, efetivas são mais evidentes e expostas. Com isso, não estou dizendo que as mulheres das classes média e alta não sofram violências físicas, abusos e explorações, mas que esse tipo de violência, nesse estrato social, não tem a mesma visibilidade que para a classe baixa. Ainda que o “inconsciente androcêntrico” esteja presente nas relações e práticas sociais e institucionais de homens e mulheres em geral, de forma transclassista, creio que na classe baixa o sexismo e o machismo sejam encontrados de maneira mais caricata, mais bruta do que nas classes média e alta.<br /><br />Como se perpetuam, nas diferentes classes, os papéis sociais atribuídos a homens e mulheres?<br />Patrícia: A velha e tradicional divisão sexual do trabalho, na qual os homens são exclusivamente responsáveis pelo ganha-pão e as mulheres pelo trabalho doméstico e cuidado com os filhos não condiz mais com a realidade vivida por homens e mulheres no Brasil. No entanto, esse “inconsciente androcêntrico” presente em nosso imaginário social, que coloca as mulheres como depositárias do afeto e do sentimento e os homens da razão, é atualizado constantemente em nossas práticas e relações sociais e institucionais. Recordo-me de uma propaganda veiculada em canais de TV aberta há alguns anos, na qual uma garotinha, falando com seu pai ao celular, tenta, apesar da distância entre eles, matar a saudade aproximando o celular de todas as coisas que reproduzem o barulho da casa (o tic-tac do relógio, a gravação do ursinho de pelúcia etc.). A mensagem da propaganda era: “Fique mais perto de seu pai, pois, como se sabe, o pai está sempre longe”. A representação simbólica que está posta nessa propaganda reproduz a ideia de que pai longe é coisa natural e esperada. O mesmo pode ser percebido quando voltamos o nosso olhar para as brincadeiras de crianças. Certa vez, observando a interação entre meninos e meninas numa festa infantil, na qual as crianças se entretinham jogando videogame, pude notar uma divisão clara entre os papéis assumidos pelas crianças. Enquanto os meninos jogavam, as meninas, além de ficar olhando os meninos competirem, contentavam-se em servi-los com refrigerantes. Quando eu lhes perguntei por que as meninas não participavam da brincadeira, eles me responderam que eram elas que desejavam espontaneamente assumir esse papel. Surpreendeu-me constatar que, a despeito da tenra idade e das transformações vividas pela geração dos pais dessas crianças, elas ainda reproduzem em suas brincadeiras o imaginário androcêntrico e sexista denunciado há 60 anos por Simone Beauvoir.<br /><br />No texto “A dor e o estigma da puta pobre” a senhora aponta que é comum na história de vida das mulheres entrevistadas um tipo de socialização disruptiva, marcado, entre outras coisas, pela ausência paterna (e agravada com situações de abuso sexual). Há um número crescente de famílias sem pais, que impacto isso pode ter na formação das meninas e dos meninos?<br />Patrícia: Quando eu ressaltei a ausência paterna e a questão do abuso sexual como marcas desse tipo de socialização disruptivo [com rupturas], procurei demonstrar como a socialização familiar das prostitutas entrevistadas não lhes havia dado, quando crianças, a sensação de se “saber amada e protegida” e, mais ainda, não lhes possibilitou o aprendizado pré-reflexivo, a partir dos exemplos dos pais, de uma “economia emocional”. Não se pode, no entanto, essencializar a figura paterna sob o risco de se reproduzir os papéis sociais tipicamente masculino e feminino e ratificar, pura e simplesmente, a velha “ordem natural dos sexos”. Nesse sentido, as novas configurações de família – chefiadas unicamente por mulheres, por casais homossexuais etc., ou aquelas nas quais as mulheres é que exercem o papel de domínio – podem ser bem-vindas e propiciar o questionamento dos esquemas de percepção, de avaliação e de comportamento androcêntrico, sexista e machista.<br /><br />Há magistrados que consideram a Lei Maria da Penha inconstitucional e em algumas delegacias evita-se fazer o registro de violência como agressão do cônjuge. Como a senhora vê a relutância de alguns juízes e delegados em aplicar a lei?<br />Patrícia: Uma das formas mais eficazes de manutenção da dominação social injusta, como bem denunciaram todos os movimentos de minorias, com destaque para o movimento feminista, é quando os dominantes recorrem ao universalismo, à igualdade de direito para reproduzir e legitimar a desigualdade de fato. É com base nesse universalismo – no texto constitucional que diz que todos são iguais perante à lei - que juízes questionam a constitucionalidade da Lei Maria da Penha, por ela garantir um tratamento especial e diferenciado às mulheres vítimas de violências físicas e todo tipo de abuso.<br /><br />No artigo “A mulher moderna numa sociedade desigual”, a senhora assinala que “as mulheres não parecem ter descoberto uma forma expressiva de vivenciar sua condição (…) mas, sim, parecem ter tomado o modelo masculino como modelo a ser seguido”. É correto dizer que o que é atribuído ao universo masculino ainda é mais valorizado socialmente?Patrícia: Não há dúvida de que a essencialização dos gêneros, que está por trás da divisão social dos papéis feminino e masculino, é baseada num sistema de classificação/desclassificação social que coloca as características tidas como tipicamente masculinas como a supremacia da razão sobre os sentimentos e as emoções, tidas como tipicamente femininas, como sendo socialmente mais valorizadas. É bem verdade que a entrada das mulheres no mercado de trabalho competitivo, a possibilidade de as mulheres ocuparem cargos de poder e prestígio social, ainda que se possa perceber nitidamente a permanência da desigualdade entre os gêneros quando analisamos a colocação das mulheres no mercado de trabalho, abre o campo para uma luta simbólica a favor das mulheres que pode permitir a desconstrução da essencialização dos gêneros. No entanto, como toda a estrutura do capitalismo está baseada na ideologia meritocrática e no consequente apagamento das relações assimétricas entre os gêneros, o grande desafio das mulheres é descobrir uma forma expressiva de vivenciar sua condição não tomando o modelo masculino como modelo a ser seguido.<br /><br />O Brasil que, agora, tem uma presidenta é um país menos machista? É possível assinalar alguma mudança em pouco mais de 60 dias de poder?<br />Patrícia: Essa é a questão mais espinhosa para ser respondida. O risco de toda análise conjuntural é sempre incorrer na simplificação da compreensão sobre o mundo social. O grande desafio da teoria crítica é mostrar a complexidade do mundo social e questionar todo tipo de pensamento, visão, ideologia que o conceba como algo dado, como inevitável e que sirva para perpetuar e legitimar a dominação social injusta. Uma das formas mais eficazes de perpetuação da dominação é ver mudança onde existe permanência e conservação. Sem dúvida, a eleição da presidenta aponta para o questionamento da “ordem natural dos sexos”, na qual o espaço público e as posições de poder são reservados aos homens. Há, portanto, uma mudança simbólica relevante na eleição de Dilma que não pode ser ignorada ao se vislumbrar “outros possíveis”, isto é, outras formas de ser e atuar no mundo para as mulheres. No entanto, o legado que o pensamento crítico nos deixa é a tarefa de sopesar a importância da eleição de uma mulher para o cargo de maior poder político. Não podemos correr o risco de ser excessivamente otimistas e deterministas ao afirmarmos que o Brasil é menos machista por ter eleito uma mulher para a Presidência da República, sem levar em conta a força da “violência simbólica”, que perpetua a dominação social injusta, ao ressaltar a mudança, valendo-se da generalização de histórias de vida singulares. Fonte: Agência Brasil</div>Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-15535705200842775082011-03-08T21:04:00.006-03:002011-03-08T21:30:33.801-03:00ESCOLA QUE HOMENAGEOU CUBA VENCE CARNAVAL DE FLORIANÓPOLIS<a href="http://2.bp.blogspot.com/-gOOV2QHjfNM/TXbHBikbAOI/AAAAAAAAAFM/4sSRYtMr4SE/s1600/uniao-da-ilha-da-magia-aleida_guevara%255B1%255D.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5581867617445675234" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 213px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/-gOOV2QHjfNM/TXbHBikbAOI/AAAAAAAAAFM/4sSRYtMr4SE/s320/uniao-da-ilha-da-magia-aleida_guevara%255B1%255D.jpg" border="0" /></a><br /><div>Tem "reaças" de extrema-direita espumando pelo canto da boca, em Santa Catarina.<br /></div><div>A escola de samba da comunidade da Lagoa da Conceição, União da Ilha da Magia, de Florianópolis (SC), foi campeã do carnaval de Florianópolis, neste ano, com o enredo "Cuba sim. Em nome da verdade".</div><div>Ousada e polêmica, retratou os EUA como "monstros" e os guerrilheiros de Che e Fidel como ícones da liberdade.A médica e revolucionária cubana Aleida Guevara, filha de Che Guevara, foi destaque na passarela, acompanhou a apuração na arquibancada ao lado da comunidade da Lagoa da Conceição e comemorou a vitória.<br /></div><div></div><div>Aleida Guevara desfilou em um carro alegórico, ao lado de um destaque com fantasia de Che. </div><div></div><div></div><div></div><div><br /><a style="MARGIN-LEFT: 1em; MARGIN-RIGHT: 1em" href="https://lh4.googleusercontent.com/-4SrSN-RgT_k/TXZaCXe4F9I/AAAAAAAAF4s/IUi8EVlzCh4/s1600/uniao-da-ilha-da-magia-tio_sam.JPG" imageanchor="1"></a><a href="http://4.bp.blogspot.com/-UeMZEV6W8Bs/TXbHz2DwvwI/AAAAAAAAAFU/-R5wA4hj4Z0/s1600/uniao-da-ilha-da-magia-tio_sam%255B1%255D.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5581868481670856450" style="WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-UeMZEV6W8Bs/TXbHz2DwvwI/AAAAAAAAAFU/-R5wA4hj4Z0/s320/uniao-da-ilha-da-magia-tio_sam%255B1%255D.JPG" border="0" /></a><br />A história de opressão imperialista estadunidense, foi retratada.</div><div></div><div></div><div>O desfile encantou os jurados e trouxe o primeiro título para a agremiação em apenas três anos de história, desbancando escolas tradicionais da cidade, como a Protegidos da Princesa, detentora de 24 campeonatos.O destaque na pontuação foi também para a Comissão de Frente, que na Passarela Nego Quirido montou um mosaico com o rosto de Che Guevara, e para a bateria, com todos os seus integrantes vestidos de guerrilheiros revolucionários.Nesta terça-feira, a escola, junto com a vice e o terceiro lugar, voltam ao sambódromo de Florianópolis para o desfile das campeãs. (Com informações do <a href="http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=149062&id_secao=11">Portal Vermelho</a>)</div>Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-18085894506202637362011-03-07T14:33:00.004-03:002011-03-07T14:40:33.607-03:00ESPECULAÇÃO COM COMIDA... ENRIQUECER COM A FOMEO TEXTO É GRANDE, MAS VALE A PENA. MOSTRA COMO OS PREÇOS DOS ALIMENTOS AUMENTAM DEVIDO A ESPECULAÇÃO FINANCEIRA... ATÉ ENTÃO ELES ESPECULAVAM NA ÁREA FINANCEIRA MESMO, MAS AGORA ESTÃO "INVESTINDO" EM ALIMENTOS... E VOCÊ SABE O QUE É INVESTIR PARA ELES...? É ESPECULAR... GANHAR SEM PLANTAR, LUCRAR SEM COLHER... ENRIQUECER COM A FOME DE MILHÕES...<br /><br />Especulação de alimentos inflaciona preços e causa fome<br /><br />Especuladores da fome fazem preço dos alimentos aumentar<br />Os mesmos bancos, fundos de investimento de risco e investidores que especularam nos mercados financeiros globais, causando a crise das hipotecas sub-prime, são responsáveis pela inflação no preço dos alimentos. Por John Vidal.<br />por John Vidal, <a href="http://www.guardian.co.uk/global-development/2011/jan/23/food-speculation-banks-hunger-poverty">The Guardian</a>, via <a href="http://www.esquerda.net/">Esquerda.Net</a><br /><br />Há pouco menos de três anos, as pessoas da vila de Gumbi, no oeste de Malawi, passaram por uma fome inesperada. Não como a de europeus,que pulam uma ou duas refeições, mas aquela profunda e persistente fome que impede o sono e embaralha os sentidos e que acontece quando não se tem comida durante semanas. Estranhamente, não houve seca, a causa tradicional da mal nutrição e fome no sul da África, e havia bastante comida nos mercados. Por uma razão não óbvia o preço de alimentos básicos, como milho e arroz, havia quase dobrado em poucos meses. Não havia também evidências de que os donos de mercados estivessem a fazer estoque de comida. A mesma história repetiu-se em mais de 100 países em desenvolvimento.<br />Houve revolta por causa de comida em mais de 20 países e os governos tiveram que banir a exportação e subsidiar fortemente os alimentos básicos. A explicação apresentada por especialistas da ONU em alimentos era de que uma “perfeita” conjunção de factores naturais e humanos se tinha combinado para inflar os preços. Produtores dos EUA, diziam as agências da ONU, tinham disponibilizado milhões de acres de terra para a produção de biocombustíveis; os preços de petróleo e fertilizantes tinham subido intensamente; os chineses estavam a mudar de uma dieta vegetariana para uma baseada em carne; as secas criadas por mudanças no clima estavam a afectar grandes áreas de produção.<br />A ONU disse que 75 milhões de pessoas se tornaram mal nutridas em função do aumento de preços. Mas uma nova teoria está a surgir entre economistas e comerciantes. Os mesmos bancos, fundos de investimento de risco e investidores cuja especulação nos mercados financeiros globais causaram a crise das hipotecas de alto risco (sub-prime) são responsáveis por causar as alterações e a inflação no preço dos alimentos. A acusação contra eles é que, ao se aproveitar da desregulamentação dos preços dos mercados de commodities globais, eles estão a fazendo biliões de lucro com a especulação sobre a comida e a causar miséria ao redor do mundo.<br />Conforme os preços sobem além dos níveis de 2008, fica claro que todos estão agora a ser afectados. Os preços da comida estão a subir até 10% por ano no Reino Unido e na Europa. Mais ainda, diz a ONU, os preços deverão subir pelo menos 40% na próxima década. Sempre houve uma modesta, mesmo bem-vinda, especulação nos preços dos alimentos e tradicionalmente funcionava assim. O produtor X protegia-se contra o clima e outros riscos vendendo a sua produção antes da colheita para o investidor Y. Isso garantia-lhe um preço e permitia-lhe planear o futuro e investir mais, e dava ao investidor Y um lucro também. Num ano ruim, o fazendeiro X tinha um bom retorno. Mas num ano bom, o investidor Y se saía melhor.<br />Quando esse processo era controlado e regulado, funcionava bem. O preço da comida que chegava ao prato e ao mercado de alimentos mundial ainda era definido por reais forças de oferta e procura. Mas tudo mudou no meio dos anos 1990. Na época, após um pesado lóbi de bancos, fundos de investimento de risco e defensores do “mercado livre” nos EUA e no Reino Unido, as regulamentações no mercado de commodities foram abolidas. Contratos para comprar e vender alimentos foram transformados em “derivados” que poderiam ser comprados e vendidos por negociantes que não tinham relação alguma com a agricultura. Como resultado, nascia um novo e irreal mercado da “especulação de alimentos”.<br />Cacau, sumos de fruta, açúcar, alimentos básicos e café agora são commodities globais, assim como o petróleo, o ouro e os metais. Então, em 2006, veio o desastre das hipotecas podres e os bancos e especuladores correram para jogar os seus biliões de dólares em negócios seguros, alimentos em especial. “Nós notámos isso [especulação de alimentos] pela primeira vez em 2006. Não parecia algo importante então. Mas em 2007, 2008 aumentou rapidamente”, disse Mike Masters, gerente de um fundo no Masters Capital Management, que confirmou em testemunho ao Senado dos EUA em 2008 que a especulação estava a inflar o preço mundial dos alimentos. “Quando se olha para os fluxos, tem-se uma evidência forte. Eu conheço muitos especuladores e eles confirmaram o que está a acontecer. A maior parte do negócio agora é especulação – eu diria 70 a 80%.” Masters diz que o mercado agora está muito distorcido pelos bancos de investimentos. “Digamos que apareçam notícias sobre colheitas ruins e chuvas em algum lugar. Normalmente os preços vão subir algo em torno de 1 dólar (por alqueire). Quando se tem 70-80% de mercado especulativo, sobe 2 a 3 dólares para levar em conta os custos extras. Cria volatilidade. Vai acabar mal como todas as bolhas de Wall Street. Vai estourar.”<br />O mercado especulativo é realmente vasto, concorda Hilda Ochoa-Brillembourg, presidente do Strategic Investment Group de Nova York. Ela estima que a procura especulativa para o mercado agrícola de futuros tenha aumentado entre 40 e 80% desde 2008. Mas a especulação não está apenas em alimentos básicos. No ano passado, o fundo Armajaro, de Londres, comprou 240 mil toneladas – mais de 7% do mercado mundial de cacau – ajudando a elevar o preço do chocolate para o seu mais alto valor em 33 anos. Enquanto isso, o preço do café pulou 20% em apenas três dias, resultado directo de aposta de especuladores na queda do preço do café.<br />Olivier de Schutter, Relator da ONU para o Direito à Alimentação, não tem dúvidas que os especuladores estão por trás do aumento de preços. “Os preços do trigo, do milho e do arroz têm aumentado de modo significante, mas isso não está ligado a estoques ou colheitas ruins, mas sim a negociantes reagindo a informações e especulações do mercado”, diz ele. “As pessoas estão a morrer de fome enquanto os bancos estão a matar-se para investir em comida”, diz Deborah Doane, directora do Movimento Global de Desenvolvimento de Londres.<br />A FAO, organização da ONU para agricultura, mantém-se diplomaticamente evasiva, dizendo, em Junho, que: “Fora mudanças reais na oferta e procura de algumas commodities, o aumento dos preços pode também ter sido amplificado pela especulação no mercado de futuros”. A [visão da] ONU tem o apoio de Ann Berg, uma das mais experientes negociantes do mercado de futuros. Ela argumenta que diferenciar commodities dos mercados de futuro e os relacionados com investimento sem agricultura é impossível. “Não existe maneira de saber exactamente [o que está a acontecer]. Tivemos a bolha das casas e o não-pagamento dos créditos. O mercado de commodities é outro campo lucrativo [onde] os mercados investem. É uma questão sensível. [Alguns] países compram directamente dos mercados. Como diz um amigo meu. “O que para um homem pobre é um problema, para o rico é um investimento livre de riscos”.Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-21834960850241873442011-03-07T01:07:00.003-03:002011-03-07T01:16:37.174-03:00VEJA O FEMINISMO DA EDITORA ABRILVEJA O FEMINISMO DOS CIVITAS, DA EDITORA ABRIL... ESTA MATÉRIA ABAIXO ESTÁ NA REVISTA NOVA DESTA EDITORA...<br />NO MÊS QUE COMEMORAMOS, ISTO É, FAZEMOS MEMÓRIA JUNTOS DAS LUTA DAS MULHERES, DAS CONQUISTAS E DO QUE AINDA ESTÁ POR CONSTRUIR... ESTA EDITORA ESCANCARA QUAL É SEU FEMINISMO... E QUAL É O PAPEL DA MULHER, SEGUNDO ESTA PUBLICAÇÃO...<br />SE VOCÊ TAMBÉM FICOU INDIGNADA E QUER MOSTRAR A INDIGNAÇÃO PODE ESCREVER PARA A AUTORA DA MATÉRIA... AUTORA MESMO, É UMA MULHER... QUE VERGONHA PARA TER UM EMPREGUINHO NUMA EDITORA DESTAS ELA SE SUJEITA A ISSO... E-mail da ‘gênia’ sexista para contato: <a href="mailto:naima.saleh@abril.com.br">naima.saleh@abril.com.br</a><br /><br />COMO DESCOLAR UM GRINGO NO CARNAVAL<br />Cansada de investir tempo e afeto nos seus conterrâneos? Já provou caras de sorte a sul do Brasil e ainda não deu sorte? Então, aproveite as correntes carnavalescas que trazem milhares de estrangeiros ao nosso país e arranje um gringo para chamar de seu. A gente ajuda!<br />- Invista no bronze – esteja da cor do pecado! Aproveite o sol desse país tropical para pegar uma cor, já que com as branquelas os estrangeiros já estão mais do que acostumados;<br />- Fique sempre atenta – viu um grupo de caras com um jeito meio perdido, cabeleira loira espetada e roupas meio sem noção? Provavelmente, seu gringo será um deles;<br />- Seja uma boa anfitriã – se, além da cara de realmente-não-sabemos-aonde-estamos, eles também estiverem segurando um guia de viagem ou dicionário, melhor ainda! Tente descobrir em que idioma eles se comunicam, apresente-se e pergunte se precisam de ajuda;<br />- I don’t speak English – não se desespere se você não fala nem o Inglês ou se, por azar, descolar um gringo da que só fala romeno ou eslovaco. Lembre-se que dá pra usar as mãos (no bom sentido) e se comunicar com o gato por gestos – o que pode ser muito divertido para os dois;<br />- Maracujá, goiaba, graviola – convide o seu special friend para apreciar sabores exóticos da nossa terra em forma de caipirinha;<br />- Do you have Facebook ?– tudo bem que um amor de carnaval geralmente tem dias contados. Mas, nada impede você de pegar os contatos do seu gringo. Afinal, nunca se sabe para onde os bons ventos podem levá-la…”Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-77421101239418615762011-03-06T01:08:00.003-03:002011-03-07T14:47:40.047-03:00ECOS DA ESCRAVIDÃO<a href="http://4.bp.blogspot.com/-XoiqFrBs53c/TXUZSA8UOMI/AAAAAAAAAFE/-fD16BPzpq8/s1600/racismo_tv1%255B1%255D.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5581395110476921026" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 141px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-XoiqFrBs53c/TXUZSA8UOMI/AAAAAAAAAFE/-fD16BPzpq8/s320/racismo_tv1%255B1%255D.jpg" border="0" /></a>A foto fala por si... não seria necessário nenhum comentário... nenhuma reportagem... nenhuma tese de estudo... ELA DIZ TUDO... <br /><br />MAS TEM GENTE QUE TENTA NEGAR, ESCONDER, CAMUFLAR...<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />ESTA REPORTAGEM DE CARTA CAPITAL MOSTRA A FACETA DO RACISMO NA SOCIEDADE BRASILEIRA... NÃO ESTÁ NA INTEGRA, MAS TEM DADOS INTERESSANTES... TÃO LOGO QUE TEREI ACESSO À MATÉRIA TODA, POSTAREI... FOI AQUI TAMBÉM QUE MINO CARTA EMBASOU SEU ARTIGO, JÁ POSTADO...<br /><br />Ecos da escravidão<br />Cynara Menezes<br /><br />Nunca o fosso entre a segurança de brancos e negros foi tão grande no Brasil. Enquanto o número de assassinatos de uns cai, o dos outros segue em alta<br /><a href="http://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2011/03/MATERIA_1_1.gif"></a>No anúncio de tevê feito para atrair turistas pelo governo da Bahia, o menino dizia que, quando crescesse, queria ser capoeirista como o pai. Por volta das 10 da noite de 21 de novembro do ano passado, Mestre Ninha, pai de Joel da Conceição Castro, chamou os filhos para dentro de casa, no instante em que a polícia fazia uma incursão pelo bairro onde mora a família, Nordeste de Amaralina, um dos mais violentos de Salvador. Segundos depois, o garoto foi atingido por uma bala perdida e morreu. Tinha 10 anos de idade.<br />A história do menino que não realizou seu sonho por não ter crescido, infelizmente, não é exceção. Como ele, cerca de outras 50 mil crianças, jovens e adultos, morrem vítimas de assassinato todos os anos no País, brancos e negros. Mas negros, como Joel, morrem em proporção muito maior. E o pior: a diferença tem aumentado nos últimos anos. Em 2002, foram assassinados 46% mais negros do que brancos. Em 2008, a porcentagem atingiu 103%. Ou, em outras palavras, para cada três mortos, dois tinham a pele escura. Quem maneja os dados preliminares de 2009 diz que a situação piorou ainda mais.<br />Não bastasse, os crescentes investimentos em segurança pública feita pelos estados e pela União parecem ter beneficiado, como de costume, a “elite branca”, como definiu o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo. Entre 2002 e 2008, o número de brancos assassinados caiu 22,3%. A morte de negros cresceu em proporção semelhante: os índices foram 20% maiores, em média. Em algumas unidades da federação, os números se aproximam de características de extermínio: na Paraíba, campeã dessa triste estatística, são mortos 1.083% (isso mesmo) mais negros do que brancos. Em Alagoas, 974% mais. E na Bahia, a terra do menino Joel, os assassinatos de negros superam em 439,8% os de brancos.<br />*Confira este conteúdo na íntegra da edição 636 de Carta Capital, já nas bancas.Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-79387225878632155232011-03-05T23:31:00.002-03:002011-03-05T23:51:44.652-03:00A MAIOR DESGRAÇA<a href="http://4.bp.blogspot.com/-0eZWwcVHAvE/TXL2jwgAZCI/AAAAAAAAAE8/3JoULOWQAGg/s1600/editorial_636-300x211%255B1%255D.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5580793982440465442" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 211px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-0eZWwcVHAvE/TXL2jwgAZCI/AAAAAAAAAE8/3JoULOWQAGg/s320/editorial_636-300x211%255B1%255D.gif" border="0" /></a><br /><div>Veja o que Mino Carta escreveu nesta edição de Carta Capital. </div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Três séculos de escravidão vincam até hoje os comportamentos da sociedade brasileira</div><br /><div><br />Escrevi certa vez que se Ronaldo, o Fenômeno, se postasse na calada da noite em certas esquinas de São Paulo ou do Rio, e de improviso passasse a Ronda, seria imediata e sumariamente carregado para o xilindró mais próximo. Digo, o mesmo Ronaldo que foi ídolo do Brasil canarinho quando adentrava ao gramado. Até Pelé, creio eu, nas mesmas circunstâncias enfrentaria maus bocados, embora se trate de “um negro de alma branca”.<br />Aí está: o protótipo do preto brasileiro, o modelo-padrão, está habilitado a representar e orgulhar o Brasil ao lidar com a redonda ou ao compor música (popular, esclareça-se logo), mas em um beco escuro­ será encarado como ameaça potencial. Muitos, dezenas de milhões, acreditam em uma lorota imposta pela retórica oficial: entre nós não há preconceito de raça e cor. Pero que lo hay, lo hay. Existem provas abundantes a respeito e a reportagem de capa desta edição traz mais uma, atualíssima. Na origem, obviamente, a escravidão, mal maior da história do Brasil.<br />Há outros, está claro. A colonização predatória, uma independência sequer percebida pelo povo de então, uma república decidida pelos generais, avanços respeitáveis enodoados por chegarem pela via da ditadura de Vargas. E o golpe de 1964, último capítulo do enredo populista comandado por uma elite que, como diz Raymundo Faoro, quer um país de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo. Enfim, um esboço de democratização pós-ditadores fardados ainda em andamento.<br />A desgraça mais imponente são, porém, três séculos de escravidão e suas consequências. A herança da trágica dicotomia, casa-grande e senzala, continua a determinar a situação do País, dolorosamente marcada pela desigualdade. Há quem pretenda que o preconceito à brasileira não é racial, é social, mas no nosso caso os qualificativos são sinônimos: o miserável nativo não é branco.<br />A escravidão vincou profundamente o caráter da sociedade. De um lado, os privilegiados e seus aspirantes, herdeiros da casa-grande, e os empenhados em chegar lá, e portanto ferozes e arrogantes em graus proporcionais. Do outro lado, a maioria, em boa parte herdeira da senzala, e portanto resignada e submissa. De um lado uma elite que cuidou dos seus interesses em lugar daqueles do País, embora o Brasil represente um patrimônio de valor inestimável, de certa forma único. Do outro, a maioria conformada, incapaz de reação porque, antes de mais nada, tolhida até hoje para a consciência da cidadania.<br />O povo brasileiro traz no lombo a marca do chicote da escravidão que a minoria ainda gostaria de usar, quando não usa, e não apenas moralmente. Aqui rico não vai para a cadeia, superlotada por pobres e miseráveis, e não se exigem desmedidos esforços mentais para localizar a origem dessa situação medieval. Trata-se simplesmente de ler um bom, confiável livro de história.<br />Será possível constatar que afora o devaneio de alguns poetas e a reflexão de alguns pensadores, o maior problema do Brasil, a desigualdade gerada pela escravidão, nunca foi enfrentado com o ímpeto e a determinação necessários. Nos anos de Lula, agredido por causa do invencível preconceito pela mídia nativa, na sua qualidade de perfeita representante dos herdeiros dos senhores de antanho, a questão foi definida com nitidez. Mas se o diagnóstico foi correto, os remédios aviados foram insuficientes. Poderia ser de outra maneira? Melhorar a vida das classes mais pobres não implica automaticamente a conquista da consciência da cidadania, que há de ser o objetivo decisivo.<br />CartaCapital confia na ação da presidenta Dilma e acredita que seu governo saberá dar prosseguimento às políticas postas em prática pelo antecessor e empenhar-se a fundo no seu próprio programa de erradicação da miséria. Sem esquecer que o alvo principal fica mais adiante.<br /><br />Mino Carta<br />Mino Carta é diretor de redação de CartaCapital. </div>Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-17416166055324686602011-03-05T13:13:00.002-03:002011-03-05T13:27:21.048-03:00NEM AS CERVEJARIAS APOIAM A BAIXARIA DO BBBA GLOBO ESTÁ APELANDO NESTE BBB 11, COMO NÃO BASTAVA A DOPAGEM DO TELESPECTADOR E O QUE JÁ ESTÁ EM QUEDA... O JEITO FOI APELAR PARA A BAIXARIA TOTAL... ISTO É, PROMOVER A EMBRIAGUÊS DOS BROTHERS... É QUASE TODO DIA CENAS INDIGNAS DE UMA TV ABERTA... SE ISSO NÃO FOR APOLOGIA ENTÃO O QUE É?<br /><br />GLOBO NÃO QUERO MAIS TE VER POR AQUI!<br /><br />O Big Brother Brasil, com audiência em queda livre, resolveu apelar nesta edição e liberar vodca e cerveja nas festas, fazendo apologia da embriaguez, para ver se "dopava" a audiência. Dopando os participantes com álcool, eles tendem a rebaixar a autocrítica, perdem o bom senso em frente às câmaras, e os vexames, barracos e baixarias vem à tona, causando polêmica e audiência.Mas essa estratégia da produção, se surtiu efeito na audiência, foi negativo, porque sobraram cenas de bêbados chatos, cambaleando e discutindo com fala enrolada, grogues.Mas o mais curioso é que, num programa onde cada centímetro de merchandising valia ouro, no rótulo das latas estava escrito "Cerveja Big Brother", sem nenhuma marca querendo se associar aquela coisa.A indústria de cerveja, cuja publicidade já é alvo de muita contestação e processos, percebeu que cenas de embriaguez era clara propaganda negativa.Achou melhor não aparecer, e deixou o vexame, as baixarias, a irresponsabilidade social da apologia à embriaguez e dopagem, por conta só da TV Globo.Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4481671816120922463.post-26720414629535518872011-03-05T13:06:00.002-03:002011-03-05T13:13:28.231-03:00CARNAVAL... A NUDEZ DA VERDADEVEJA ESTE EDITORIAL... POUCAS VEZES SE OUVIU UM COMENTÁRIO TÃO CONTUNDENTE SOBRE O CARNAVAL DENTRO DE UMA TV... PARABÉNS PELA CORAGEM E OUSADIA RACHEL!<br /><br />ASSISTA E COMPROVE...<br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=K-qTI9y2jAA&NR=1">http://www.youtube.com/watch?v=K-qTI9y2jAA&NR=1</a><br /><br />FALTOU ELA DIZER QUE O NEGÓCIO TAMBÉM É O DA PUBLICIDADE NA TV, PRINCIPALMENTE NA GLOBO... IMAGINA O LUCRO...Utopushttp://www.blogger.com/profile/03225286784294657352noreply@blogger.com0