sexta-feira, 18 de março de 2011

ENTREVISTA DO ARRUDA NA VEJA (ESCONDIDA DESDE 09/2010)


LEIA A SEGUIR A ENTREVISTA QUE O ARRUDA CONCEDEU A REVISTA VEJA...


MAS O DETALHE É QUE FOI EM SETEMBRO DE 2010, ISTO É, EM PLENA CAMPANHA ELEITORAL... A REVISTA VEJA ESCONDEU ATÉ HOJE... POR QUÊ? IMAGINA SE FOSSE ALGUÉM LIGADO AO GOVERNO LULA E A DILMA... A VEJA TERIA SEGURADO ESTA ENTREVISTA? ELES, O PIG, PRINCIPALMENTE A VEJA PASSOU A CAMPANHA TODA (BEM COMO OS 8 ANOS DE GOVERNO LULA) INVENTANDO MATÉRIAS, CAPAS, NOTICIAS PARA DETONAR COM O GOVERNO E A CAMPANHA... MAS ESCONDEU ESTA ENTREVISTA... MAS NÃO É SURPRESA... É ASSIM MESMO QUE NOSSA IMPRENSA QUE SE DIZ ISENTA TRABALHA...


E PERGUNTO AGORA: QUEM VIU A COBERTURA DADA A ESTA MATÉRIA PELA GLOBO E DEMAIS TVs, POIS DURANTE A CAMPANHA ERA ASSIM: A VEJA INVENTAVA UMA NOTICIA MENTIROSA E A GLOBO FICAVA REPERCUTINDO POR VÁRIOS DIAS EM SEUS TELEJORNAIS... E AGORA O QUE VC VIU NA GLOBO, NOS JORNAIS SOBRE ISSO? PORTANTO É FÁCIL PERCEBER COMO É O TRATAMENTO DADO...


AGORA LEIA A ENTREVISTA...

O senhor é corrupto?

Infelizmente, joguei o jogo da política brasileira. As empresas e os lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo ou outros negócios vantajosos. Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso. É preciso de muito dinheiro para aparecer bem no programa de TV. E as campanhas se reduziram a isso.

O senhor ajudou políticos do seu ex-partido, o DEM?

Assim que veio a público o meu caso, as mesmas pessoas que me bajulavam e recebiam a minha ajuda foram à imprensa dar declarações me enxovalhando. Não quiseram nem me ouvir. Pessoas que se beneficiaram largamente do meu mandato. Grande parte dos que receberam ajuda minha comportaram-se como vestais paridas. Foram desleais comigo.

Como o senhor ajudou o partido?

Eu era o único governador do DEM. Recebia pedidos de todos os estados. Todos os pedidos eu procurei atender. E atendi dos pequenos favores aos financiamentos de campanha. Ajudei todos.

O que senhor quer dizer com “pequenos favores”?

Nomear afilhados políticos, conseguir avião para viagens, pagar programas de TV, receber empresários.

E o financiamento?

Deixo claro: todas as ajudas foram para o partido, com financiamento de campanha ou propaganda de TV. Tudo sempre feito com o aval do deputado Rodrigo Maia (então presidente do DEM).

De que modo o senhor conseguia o dinheiro?

Como governador, tinha um excelente relacionamento com os grandes empresários. Usei essa influência para ajudar meu partido, nunca em proveito próprio. Pedia ajuda a esses empresários: “Dizia: ‘Olha, você sabe que eu nunca pedi propina, mas preciso de tal favor para o partido’”. Eles sempre ajudaram. Fiz o que todas as lideranças políticas fazem. Era minha obrigação como único governador eleito do DEM.

Esse dinheiro era declarado?

Isso somente o presidente do partido pode responder. Se era oficialmente ou não, é um problema do DEM. Eu não entrava em minúcias. Não acompanhava os detalhes, não pegava em dinheiro. Encaminhava à liderança que havia feito o pedido. Quais líderes do partido foram hipócritas no seu caso?A maioria. Os senadores Demóstenes Torres e José Agripino Maia, por exemplo, não hesitaram em me esculhambar. Via aquilo na TV e achava engraçado: até outro dia batiam à minha porta pedindo ajuda! Em 2008, o senador Agripino veio à minha casa pedir 150 mil reais para a campanha da sua candidata à prefeitura de Natal, Micarla de Sousa (PV). Eu ajudei, e até a Micarla veio aqui me agradecer depois de eleita. O senador Demóstenes me procurou certa vez, pedindo que eu contratasse no governo uma empresa de cobrança de contas atrasadas. O deputado Ronaldo Caiado, outro que foi implacável comigo, levou-me um empresário do setor de transportes, que queria conseguir linhas em Brasília.

O senhor ajudou mais algum deputado?

O próprio Rodrigo Maia, claro. Consegui recursos para a candidata à prefeita dele e do Cesar Maia no Rio, em 2008. Também obtive doações para a candidatura de ACM Neto à prefeitura de Salvador.Mais algum?Foram muitos, não me lembro de cabeça. Os que eu não ajudei, o Kassab (prefeito de São Paulo, também do DEM) ajudou. É assim que funciona. Esse é o problema da lógica financeira das campanhas, que afeta todos os políticos, sejam honestos ou não.

Por exemplo?

Ajudei dois dos políticos mais decentes que conheço. No final de 2009, fui convidado para um jantar na casa do senador Marco Maciel. Estávamos eu, o ex-ministro da Fazenda Gustavo Krause e o Kassab. Krause explicou que, para fazer a pré-campanha de Marco Maciel, era preciso 150 mil reais por mês. Eu e Kassab, portanto, nos comprometemos a conseguir, cada um, 75 mil reais por mês. Alguém duvida da honestidade do Marco Maciel? Claro que não. Mas ele precisa se eleger. O senador Cristovam Buarque, do PDT, que eu conheço há décadas, um dos homens mais honestos do Brasil, saiu de sua campanha presidencial, em 2006, com dívidas enormes. Ele pediu e eu ajudei.

Então o senhor também ajudou políticos de outros partidos?

Claro. Por amizade e laços antigos, como no caso do PSDB, partido no qual fui líder do Congresso no governo FHC, e por conveniências regionais, como no caso do PT de Goiás, que me apoiava no entorno de Brasília. No caso do PSDB, a ajuda também foi nacional. Ajudei o PSDB sempre que o senador Sérgio Guerra, presidente do partido, me pediu. E também por meio de Eduardo Jorge, com quem tenho boas relações. Fazia de coração, com a melhor das intenções.

terça-feira, 8 de março de 2011

VALORES MACHISTAS AINDA PREDOMINAM NAS RELAÇÕES


Valores machistas ainda predominam nas relações, diz socióloga

A relutância de juízes e delegados de polícia em aplicar a Lei Maria da Penha é uma forma explícita de tentar manter a desigualdade entre homens e mulheres, afirma a socióloga Patricia Castro Mattos. Ela acredita que, além das formas de violência descritas na lei, existem outras formas de “violência simbólica” que perpetuam padrões de comportamento e os desequilíbrios entre os homens e as mulheres.
A eleição da primeira presidenta do Brasil aponta para o questionamento da “ordem natural dos sexos”. “Há uma mudança simbólica relevante na eleição de Dilma (Rousseff) que não pode ser ignorada”, revela. Entretanto, segundo ela, não se pode ser excessivamente otimista e afirmar que o Brasil é menos machista por ter eleito uma mulher para a Presidência da República.
A intelectual coordena o Núcleo de Estudos de Gênero da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ), em Minas Gerais, e é professora do Departamento de Ciências Sociais. Em sua opinião, ainda estão presentes no país “padrões de percepção, avaliação e comportamento androcêntrico (supervalorização do ponto de vista masculino), machista e sexista”.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista com a socióloga:

É possível dizer que a relação entre gêneros tende a ser mais equilibrada ou mais favorável às mulheres de classe social mais alta?
Patrícia Mattos: O fato de as mulheres entrarem no mercado de trabalho, seu maior acesso à instrução formal e sua consequente independência financeira tendem a gerar fricções que podem questionar a “ordem natural dos sexos”, gerando, assim, a possibilidade de mudanças no regime de gêneros. E, nesse caso, as mulheres das classes média e alta, devido ao seu posicionamento social, são privilegiadas em relação às mulheres da classe baixa e tendem a ter relações mais equilibradas com os homens. Isso não significa afirmar, de modo algum, que os padrões de percepção, avaliação e comportamento androcêntrico, machista e sexista não estejam presentes nas relações e práticas sociais e institucionais dessas mulheres privilegiadas. Tenho notado em minhas pesquisas com mulheres de classe média que aquelas que conseguiram uma colocação bem-sucedida no mercado de trabalho, em muitos casos, tendem a apagar as desigualdades de gênero e ressaltar toda a ideologia meritocrática, ainda que elas relatem sofrer, das mais variadas maneiras, “violência simbólica”, que é aquela forma de violência “suave”, que não é percebida enquanto tal pelas suas próprias vítimas. Já com as mulheres de classe baixa, as violências manifestas, abertas, efetivas são mais evidentes e expostas. Com isso, não estou dizendo que as mulheres das classes média e alta não sofram violências físicas, abusos e explorações, mas que esse tipo de violência, nesse estrato social, não tem a mesma visibilidade que para a classe baixa. Ainda que o “inconsciente androcêntrico” esteja presente nas relações e práticas sociais e institucionais de homens e mulheres em geral, de forma transclassista, creio que na classe baixa o sexismo e o machismo sejam encontrados de maneira mais caricata, mais bruta do que nas classes média e alta.

Como se perpetuam, nas diferentes classes, os papéis sociais atribuídos a homens e mulheres?
Patrícia: A velha e tradicional divisão sexual do trabalho, na qual os homens são exclusivamente responsáveis pelo ganha-pão e as mulheres pelo trabalho doméstico e cuidado com os filhos não condiz mais com a realidade vivida por homens e mulheres no Brasil. No entanto, esse “inconsciente androcêntrico” presente em nosso imaginário social, que coloca as mulheres como depositárias do afeto e do sentimento e os homens da razão, é atualizado constantemente em nossas práticas e relações sociais e institucionais. Recordo-me de uma propaganda veiculada em canais de TV aberta há alguns anos, na qual uma garotinha, falando com seu pai ao celular, tenta, apesar da distância entre eles, matar a saudade aproximando o celular de todas as coisas que reproduzem o barulho da casa (o tic-tac do relógio, a gravação do ursinho de pelúcia etc.). A mensagem da propaganda era: “Fique mais perto de seu pai, pois, como se sabe, o pai está sempre longe”. A representação simbólica que está posta nessa propaganda reproduz a ideia de que pai longe é coisa natural e esperada. O mesmo pode ser percebido quando voltamos o nosso olhar para as brincadeiras de crianças. Certa vez, observando a interação entre meninos e meninas numa festa infantil, na qual as crianças se entretinham jogando videogame, pude notar uma divisão clara entre os papéis assumidos pelas crianças. Enquanto os meninos jogavam, as meninas, além de ficar olhando os meninos competirem, contentavam-se em servi-los com refrigerantes. Quando eu lhes perguntei por que as meninas não participavam da brincadeira, eles me responderam que eram elas que desejavam espontaneamente assumir esse papel. Surpreendeu-me constatar que, a despeito da tenra idade e das transformações vividas pela geração dos pais dessas crianças, elas ainda reproduzem em suas brincadeiras o imaginário androcêntrico e sexista denunciado há 60 anos por Simone Beauvoir.

No texto “A dor e o estigma da puta pobre” a senhora aponta que é comum na história de vida das mulheres entrevistadas um tipo de socialização disruptiva, marcado, entre outras coisas, pela ausência paterna (e agravada com situações de abuso sexual). Há um número crescente de famílias sem pais, que impacto isso pode ter na formação das meninas e dos meninos?
Patrícia: Quando eu ressaltei a ausência paterna e a questão do abuso sexual como marcas desse tipo de socialização disruptivo [com rupturas], procurei demonstrar como a socialização familiar das prostitutas entrevistadas não lhes havia dado, quando crianças, a sensação de se “saber amada e protegida” e, mais ainda, não lhes possibilitou o aprendizado pré-reflexivo, a partir dos exemplos dos pais, de uma “economia emocional”. Não se pode, no entanto, essencializar a figura paterna sob o risco de se reproduzir os papéis sociais tipicamente masculino e feminino e ratificar, pura e simplesmente, a velha “ordem natural dos sexos”. Nesse sentido, as novas configurações de família – chefiadas unicamente por mulheres, por casais homossexuais etc., ou aquelas nas quais as mulheres é que exercem o papel de domínio – podem ser bem-vindas e propiciar o questionamento dos esquemas de percepção, de avaliação e de comportamento androcêntrico, sexista e machista.

Há magistrados que consideram a Lei Maria da Penha inconstitucional e em algumas delegacias evita-se fazer o registro de violência como agressão do cônjuge. Como a senhora vê a relutância de alguns juízes e delegados em aplicar a lei?
Patrícia: Uma das formas mais eficazes de manutenção da dominação social injusta, como bem denunciaram todos os movimentos de minorias, com destaque para o movimento feminista, é quando os dominantes recorrem ao universalismo, à igualdade de direito para reproduzir e legitimar a desigualdade de fato. É com base nesse universalismo – no texto constitucional que diz que todos são iguais perante à lei - que juízes questionam a constitucionalidade da Lei Maria da Penha, por ela garantir um tratamento especial e diferenciado às mulheres vítimas de violências físicas e todo tipo de abuso.

No artigo “A mulher moderna numa sociedade desigual”, a senhora assinala que “as mulheres não parecem ter descoberto uma forma expressiva de vivenciar sua condição (…) mas, sim, parecem ter tomado o modelo masculino como modelo a ser seguido”. É correto dizer que o que é atribuído ao universo masculino ainda é mais valorizado socialmente?Patrícia: Não há dúvida de que a essencialização dos gêneros, que está por trás da divisão social dos papéis feminino e masculino, é baseada num sistema de classificação/desclassificação social que coloca as características tidas como tipicamente masculinas como a supremacia da razão sobre os sentimentos e as emoções, tidas como tipicamente femininas, como sendo socialmente mais valorizadas. É bem verdade que a entrada das mulheres no mercado de trabalho competitivo, a possibilidade de as mulheres ocuparem cargos de poder e prestígio social, ainda que se possa perceber nitidamente a permanência da desigualdade entre os gêneros quando analisamos a colocação das mulheres no mercado de trabalho, abre o campo para uma luta simbólica a favor das mulheres que pode permitir a desconstrução da essencialização dos gêneros. No entanto, como toda a estrutura do capitalismo está baseada na ideologia meritocrática e no consequente apagamento das relações assimétricas entre os gêneros, o grande desafio das mulheres é descobrir uma forma expressiva de vivenciar sua condição não tomando o modelo masculino como modelo a ser seguido.

O Brasil que, agora, tem uma presidenta é um país menos machista? É possível assinalar alguma mudança em pouco mais de 60 dias de poder?
Patrícia: Essa é a questão mais espinhosa para ser respondida. O risco de toda análise conjuntural é sempre incorrer na simplificação da compreensão sobre o mundo social. O grande desafio da teoria crítica é mostrar a complexidade do mundo social e questionar todo tipo de pensamento, visão, ideologia que o conceba como algo dado, como inevitável e que sirva para perpetuar e legitimar a dominação social injusta. Uma das formas mais eficazes de perpetuação da dominação é ver mudança onde existe permanência e conservação. Sem dúvida, a eleição da presidenta aponta para o questionamento da “ordem natural dos sexos”, na qual o espaço público e as posições de poder são reservados aos homens. Há, portanto, uma mudança simbólica relevante na eleição de Dilma que não pode ser ignorada ao se vislumbrar “outros possíveis”, isto é, outras formas de ser e atuar no mundo para as mulheres. No entanto, o legado que o pensamento crítico nos deixa é a tarefa de sopesar a importância da eleição de uma mulher para o cargo de maior poder político. Não podemos correr o risco de ser excessivamente otimistas e deterministas ao afirmarmos que o Brasil é menos machista por ter eleito uma mulher para a Presidência da República, sem levar em conta a força da “violência simbólica”, que perpetua a dominação social injusta, ao ressaltar a mudança, valendo-se da generalização de histórias de vida singulares. Fonte: Agência Brasil

ESCOLA QUE HOMENAGEOU CUBA VENCE CARNAVAL DE FLORIANÓPOLIS


Tem "reaças" de extrema-direita espumando pelo canto da boca, em Santa Catarina.
A escola de samba da comunidade da Lagoa da Conceição, União da Ilha da Magia, de Florianópolis (SC), foi campeã do carnaval de Florianópolis, neste ano, com o enredo "Cuba sim. Em nome da verdade".
Ousada e polêmica, retratou os EUA como "monstros" e os guerrilheiros de Che e Fidel como ícones da liberdade.A médica e revolucionária cubana Aleida Guevara, filha de Che Guevara, foi destaque na passarela, acompanhou a apuração na arquibancada ao lado da comunidade da Lagoa da Conceição e comemorou a vitória.
Aleida Guevara desfilou em um carro alegórico, ao lado de um destaque com fantasia de Che.


A história de opressão imperialista estadunidense, foi retratada.
O desfile encantou os jurados e trouxe o primeiro título para a agremiação em apenas três anos de história, desbancando escolas tradicionais da cidade, como a Protegidos da Princesa, detentora de 24 campeonatos.O destaque na pontuação foi também para a Comissão de Frente, que na Passarela Nego Quirido montou um mosaico com o rosto de Che Guevara, e para a bateria, com todos os seus integrantes vestidos de guerrilheiros revolucionários.Nesta terça-feira, a escola, junto com a vice e o terceiro lugar, voltam ao sambódromo de Florianópolis para o desfile das campeãs. (Com informações do Portal Vermelho)

segunda-feira, 7 de março de 2011

ESPECULAÇÃO COM COMIDA... ENRIQUECER COM A FOME

O TEXTO É GRANDE, MAS VALE A PENA. MOSTRA COMO OS PREÇOS DOS ALIMENTOS AUMENTAM DEVIDO A ESPECULAÇÃO FINANCEIRA... ATÉ ENTÃO ELES ESPECULAVAM NA ÁREA FINANCEIRA MESMO, MAS AGORA ESTÃO "INVESTINDO" EM ALIMENTOS... E VOCÊ SABE O QUE É INVESTIR PARA ELES...? É ESPECULAR... GANHAR SEM PLANTAR, LUCRAR SEM COLHER... ENRIQUECER COM A FOME DE MILHÕES...

Especulação de alimentos inflaciona preços e causa fome

Especuladores da fome fazem preço dos alimentos aumentar
Os mesmos bancos, fundos de investimento de risco e investidores que especularam nos mercados financeiros globais, causando a crise das hipotecas sub-prime, são responsáveis pela inflação no preço dos alimentos. Por John Vidal.
por John Vidal, The Guardian, via Esquerda.Net

Há pouco menos de três anos, as pessoas da vila de Gumbi, no oeste de Malawi, passaram por uma fome inesperada. Não como a de europeus,que pulam uma ou duas refeições, mas aquela profunda e persistente fome que impede o sono e embaralha os sentidos e que acontece quando não se tem comida durante semanas. Estranhamente, não houve seca, a causa tradicional da mal nutrição e fome no sul da África, e havia bastante comida nos mercados. Por uma razão não óbvia o preço de alimentos básicos, como milho e arroz, havia quase dobrado em poucos meses. Não havia também evidências de que os donos de mercados estivessem a fazer estoque de comida. A mesma história repetiu-se em mais de 100 países em desenvolvimento.
Houve revolta por causa de comida em mais de 20 países e os governos tiveram que banir a exportação e subsidiar fortemente os alimentos básicos. A explicação apresentada por especialistas da ONU em alimentos era de que uma “perfeita” conjunção de factores naturais e humanos se tinha combinado para inflar os preços. Produtores dos EUA, diziam as agências da ONU, tinham disponibilizado milhões de acres de terra para a produção de biocombustíveis; os preços de petróleo e fertilizantes tinham subido intensamente; os chineses estavam a mudar de uma dieta vegetariana para uma baseada em carne; as secas criadas por mudanças no clima estavam a afectar grandes áreas de produção.
A ONU disse que 75 milhões de pessoas se tornaram mal nutridas em função do aumento de preços. Mas uma nova teoria está a surgir entre economistas e comerciantes. Os mesmos bancos, fundos de investimento de risco e investidores cuja especulação nos mercados financeiros globais causaram a crise das hipotecas de alto risco (sub-prime) são responsáveis por causar as alterações e a inflação no preço dos alimentos. A acusação contra eles é que, ao se aproveitar da desregulamentação dos preços dos mercados de commodities globais, eles estão a fazendo biliões de lucro com a especulação sobre a comida e a causar miséria ao redor do mundo.
Conforme os preços sobem além dos níveis de 2008, fica claro que todos estão agora a ser afectados. Os preços da comida estão a subir até 10% por ano no Reino Unido e na Europa. Mais ainda, diz a ONU, os preços deverão subir pelo menos 40% na próxima década. Sempre houve uma modesta, mesmo bem-vinda, especulação nos preços dos alimentos e tradicionalmente funcionava assim. O produtor X protegia-se contra o clima e outros riscos vendendo a sua produção antes da colheita para o investidor Y. Isso garantia-lhe um preço e permitia-lhe planear o futuro e investir mais, e dava ao investidor Y um lucro também. Num ano ruim, o fazendeiro X tinha um bom retorno. Mas num ano bom, o investidor Y se saía melhor.
Quando esse processo era controlado e regulado, funcionava bem. O preço da comida que chegava ao prato e ao mercado de alimentos mundial ainda era definido por reais forças de oferta e procura. Mas tudo mudou no meio dos anos 1990. Na época, após um pesado lóbi de bancos, fundos de investimento de risco e defensores do “mercado livre” nos EUA e no Reino Unido, as regulamentações no mercado de commodities foram abolidas. Contratos para comprar e vender alimentos foram transformados em “derivados” que poderiam ser comprados e vendidos por negociantes que não tinham relação alguma com a agricultura. Como resultado, nascia um novo e irreal mercado da “especulação de alimentos”.
Cacau, sumos de fruta, açúcar, alimentos básicos e café agora são commodities globais, assim como o petróleo, o ouro e os metais. Então, em 2006, veio o desastre das hipotecas podres e os bancos e especuladores correram para jogar os seus biliões de dólares em negócios seguros, alimentos em especial. “Nós notámos isso [especulação de alimentos] pela primeira vez em 2006. Não parecia algo importante então. Mas em 2007, 2008 aumentou rapidamente”, disse Mike Masters, gerente de um fundo no Masters Capital Management, que confirmou em testemunho ao Senado dos EUA em 2008 que a especulação estava a inflar o preço mundial dos alimentos. “Quando se olha para os fluxos, tem-se uma evidência forte. Eu conheço muitos especuladores e eles confirmaram o que está a acontecer. A maior parte do negócio agora é especulação – eu diria 70 a 80%.” Masters diz que o mercado agora está muito distorcido pelos bancos de investimentos. “Digamos que apareçam notícias sobre colheitas ruins e chuvas em algum lugar. Normalmente os preços vão subir algo em torno de 1 dólar (por alqueire). Quando se tem 70-80% de mercado especulativo, sobe 2 a 3 dólares para levar em conta os custos extras. Cria volatilidade. Vai acabar mal como todas as bolhas de Wall Street. Vai estourar.”
O mercado especulativo é realmente vasto, concorda Hilda Ochoa-Brillembourg, presidente do Strategic Investment Group de Nova York. Ela estima que a procura especulativa para o mercado agrícola de futuros tenha aumentado entre 40 e 80% desde 2008. Mas a especulação não está apenas em alimentos básicos. No ano passado, o fundo Armajaro, de Londres, comprou 240 mil toneladas – mais de 7% do mercado mundial de cacau – ajudando a elevar o preço do chocolate para o seu mais alto valor em 33 anos. Enquanto isso, o preço do café pulou 20% em apenas três dias, resultado directo de aposta de especuladores na queda do preço do café.
Olivier de Schutter, Relator da ONU para o Direito à Alimentação, não tem dúvidas que os especuladores estão por trás do aumento de preços. “Os preços do trigo, do milho e do arroz têm aumentado de modo significante, mas isso não está ligado a estoques ou colheitas ruins, mas sim a negociantes reagindo a informações e especulações do mercado”, diz ele. “As pessoas estão a morrer de fome enquanto os bancos estão a matar-se para investir em comida”, diz Deborah Doane, directora do Movimento Global de Desenvolvimento de Londres.
A FAO, organização da ONU para agricultura, mantém-se diplomaticamente evasiva, dizendo, em Junho, que: “Fora mudanças reais na oferta e procura de algumas commodities, o aumento dos preços pode também ter sido amplificado pela especulação no mercado de futuros”. A [visão da] ONU tem o apoio de Ann Berg, uma das mais experientes negociantes do mercado de futuros. Ela argumenta que diferenciar commodities dos mercados de futuro e os relacionados com investimento sem agricultura é impossível. “Não existe maneira de saber exactamente [o que está a acontecer]. Tivemos a bolha das casas e o não-pagamento dos créditos. O mercado de commodities é outro campo lucrativo [onde] os mercados investem. É uma questão sensível. [Alguns] países compram directamente dos mercados. Como diz um amigo meu. “O que para um homem pobre é um problema, para o rico é um investimento livre de riscos”.

VEJA O FEMINISMO DA EDITORA ABRIL

VEJA O FEMINISMO DOS CIVITAS, DA EDITORA ABRIL... ESTA MATÉRIA ABAIXO ESTÁ NA REVISTA NOVA DESTA EDITORA...
NO MÊS QUE COMEMORAMOS, ISTO É, FAZEMOS MEMÓRIA JUNTOS DAS LUTA DAS MULHERES, DAS CONQUISTAS E DO QUE AINDA ESTÁ POR CONSTRUIR... ESTA EDITORA ESCANCARA QUAL É SEU FEMINISMO... E QUAL É O PAPEL DA MULHER, SEGUNDO ESTA PUBLICAÇÃO...
SE VOCÊ TAMBÉM FICOU INDIGNADA E QUER MOSTRAR A INDIGNAÇÃO PODE ESCREVER PARA A AUTORA DA MATÉRIA... AUTORA MESMO, É UMA MULHER... QUE VERGONHA PARA TER UM EMPREGUINHO NUMA EDITORA DESTAS ELA SE SUJEITA A ISSO... E-mail da ‘gênia’ sexista para contato: naima.saleh@abril.com.br

COMO DESCOLAR UM GRINGO NO CARNAVAL
Cansada de investir tempo e afeto nos seus conterrâneos? Já provou caras de sorte a sul do Brasil e ainda não deu sorte? Então, aproveite as correntes carnavalescas que trazem milhares de estrangeiros ao nosso país e arranje um gringo para chamar de seu. A gente ajuda!
- Invista no bronze – esteja da cor do pecado! Aproveite o sol desse país tropical para pegar uma cor, já que com as branquelas os estrangeiros já estão mais do que acostumados;
- Fique sempre atenta – viu um grupo de caras com um jeito meio perdido, cabeleira loira espetada e roupas meio sem noção? Provavelmente, seu gringo será um deles;
- Seja uma boa anfitriã – se, além da cara de realmente-não-sabemos-aonde-estamos, eles também estiverem segurando um guia de viagem ou dicionário, melhor ainda! Tente descobrir em que idioma eles se comunicam, apresente-se e pergunte se precisam de ajuda;
- I don’t speak English – não se desespere se você não fala nem o Inglês ou se, por azar, descolar um gringo da que só fala romeno ou eslovaco. Lembre-se que dá pra usar as mãos (no bom sentido) e se comunicar com o gato por gestos – o que pode ser muito divertido para os dois;
- Maracujá, goiaba, graviola – convide o seu special friend para apreciar sabores exóticos da nossa terra em forma de caipirinha;
- Do you have Facebook ?– tudo bem que um amor de carnaval geralmente tem dias contados. Mas, nada impede você de pegar os contatos do seu gringo. Afinal, nunca se sabe para onde os bons ventos podem levá-la…”

domingo, 6 de março de 2011

ECOS DA ESCRAVIDÃO

A foto fala por si... não seria necessário nenhum comentário... nenhuma reportagem... nenhuma tese de estudo... ELA DIZ TUDO...

MAS TEM GENTE QUE TENTA NEGAR, ESCONDER, CAMUFLAR...






ESTA REPORTAGEM DE CARTA CAPITAL MOSTRA A FACETA DO RACISMO NA SOCIEDADE BRASILEIRA... NÃO ESTÁ NA INTEGRA, MAS TEM DADOS INTERESSANTES... TÃO LOGO QUE TEREI ACESSO À MATÉRIA TODA, POSTAREI... FOI AQUI TAMBÉM QUE MINO CARTA EMBASOU SEU ARTIGO, JÁ POSTADO...

Ecos da escravidão
Cynara Menezes

Nunca o fosso entre a segurança de brancos e negros foi tão grande no Brasil. Enquanto o número de assassinatos de uns cai, o dos outros segue em alta
No anúncio de tevê feito para atrair turistas pelo governo da Bahia, o menino dizia que, quando crescesse, queria ser capoeirista como o pai. Por volta das 10 da noite de 21 de novembro do ano passado, Mestre Ninha, pai de Joel da Conceição Castro, chamou os filhos para dentro de casa, no instante em que a polícia fazia uma incursão pelo bairro onde mora a família, Nordeste de Amaralina, um dos mais violentos de Salvador. Segundos depois, o garoto foi atingido por uma bala perdida e morreu. Tinha 10 anos de idade.
A história do menino que não realizou seu sonho por não ter crescido, infelizmente, não é exceção. Como ele, cerca de outras 50 mil crianças, jovens e adultos, morrem vítimas de assassinato todos os anos no País, brancos e negros. Mas negros, como Joel, morrem em proporção muito maior. E o pior: a diferença tem aumentado nos últimos anos. Em 2002, foram assassinados 46% mais negros do que brancos. Em 2008, a porcentagem atingiu 103%. Ou, em outras palavras, para cada três mortos, dois tinham a pele escura. Quem maneja os dados preliminares de 2009 diz que a situação piorou ainda mais.
Não bastasse, os crescentes investimentos em segurança pública feita pelos estados e pela União parecem ter beneficiado, como de costume, a “elite branca”, como definiu o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo. Entre 2002 e 2008, o número de brancos assassinados caiu 22,3%. A morte de negros cresceu em proporção semelhante: os índices foram 20% maiores, em média. Em algumas unidades da federação, os números se aproximam de características de extermínio: na Paraíba, campeã dessa triste estatística, são mortos 1.083% (isso mesmo) mais negros do que brancos. Em Alagoas, 974% mais. E na Bahia, a terra do menino Joel, os assassinatos de negros superam em 439,8% os de brancos.
*Confira este conteúdo na íntegra da edição 636 de Carta Capital, já nas bancas.

sábado, 5 de março de 2011

A MAIOR DESGRAÇA


Veja o que Mino Carta escreveu nesta edição de Carta Capital.




Três séculos de escravidão vincam até hoje os comportamentos da sociedade brasileira


Escrevi certa vez que se Ronaldo, o Fenômeno, se postasse na calada da noite em certas esquinas de São Paulo ou do Rio, e de improviso passasse a Ronda, seria imediata e sumariamente carregado para o xilindró mais próximo. Digo, o mesmo Ronaldo que foi ídolo do Brasil canarinho quando adentrava ao gramado. Até Pelé, creio eu, nas mesmas circunstâncias enfrentaria maus bocados, embora se trate de “um negro de alma branca”.
Aí está: o protótipo do preto brasileiro, o modelo-padrão, está habilitado a representar e orgulhar o Brasil ao lidar com a redonda ou ao compor música (popular, esclareça-se logo), mas em um beco escuro­ será encarado como ameaça potencial. Muitos, dezenas de milhões, acreditam em uma lorota imposta pela retórica oficial: entre nós não há preconceito de raça e cor. Pero que lo hay, lo hay. Existem provas abundantes a respeito e a reportagem de capa desta edição traz mais uma, atualíssima. Na origem, obviamente, a escravidão, mal maior da história do Brasil.
Há outros, está claro. A colonização predatória, uma independência sequer percebida pelo povo de então, uma república decidida pelos generais, avanços respeitáveis enodoados por chegarem pela via da ditadura de Vargas. E o golpe de 1964, último capítulo do enredo populista comandado por uma elite que, como diz Raymundo Faoro, quer um país de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo. Enfim, um esboço de democratização pós-ditadores fardados ainda em andamento.
A desgraça mais imponente são, porém, três séculos de escravidão e suas consequências. A herança da trágica dicotomia, casa-grande e senzala, continua a determinar a situação do País, dolorosamente marcada pela desigualdade. Há quem pretenda que o preconceito à brasileira não é racial, é social, mas no nosso caso os qualificativos são sinônimos: o miserável nativo não é branco.
A escravidão vincou profundamente o caráter da sociedade. De um lado, os privilegiados e seus aspirantes, herdeiros da casa-grande, e os empenhados em chegar lá, e portanto ferozes e arrogantes em graus proporcionais. Do outro lado, a maioria, em boa parte herdeira da senzala, e portanto resignada e submissa. De um lado uma elite que cuidou dos seus interesses em lugar daqueles do País, embora o Brasil represente um patrimônio de valor inestimável, de certa forma único. Do outro, a maioria conformada, incapaz de reação porque, antes de mais nada, tolhida até hoje para a consciência da cidadania.
O povo brasileiro traz no lombo a marca do chicote da escravidão que a minoria ainda gostaria de usar, quando não usa, e não apenas moralmente. Aqui rico não vai para a cadeia, superlotada por pobres e miseráveis, e não se exigem desmedidos esforços mentais para localizar a origem dessa situação medieval. Trata-se simplesmente de ler um bom, confiável livro de história.
Será possível constatar que afora o devaneio de alguns poetas e a reflexão de alguns pensadores, o maior problema do Brasil, a desigualdade gerada pela escravidão, nunca foi enfrentado com o ímpeto e a determinação necessários. Nos anos de Lula, agredido por causa do invencível preconceito pela mídia nativa, na sua qualidade de perfeita representante dos herdeiros dos senhores de antanho, a questão foi definida com nitidez. Mas se o diagnóstico foi correto, os remédios aviados foram insuficientes. Poderia ser de outra maneira? Melhorar a vida das classes mais pobres não implica automaticamente a conquista da consciência da cidadania, que há de ser o objetivo decisivo.
CartaCapital confia na ação da presidenta Dilma e acredita que seu governo saberá dar prosseguimento às políticas postas em prática pelo antecessor e empenhar-se a fundo no seu próprio programa de erradicação da miséria. Sem esquecer que o alvo principal fica mais adiante.

Mino Carta
Mino Carta é diretor de redação de CartaCapital.

NEM AS CERVEJARIAS APOIAM A BAIXARIA DO BBB

A GLOBO ESTÁ APELANDO NESTE BBB 11, COMO NÃO BASTAVA A DOPAGEM DO TELESPECTADOR E O QUE JÁ ESTÁ EM QUEDA... O JEITO FOI APELAR PARA A BAIXARIA TOTAL... ISTO É, PROMOVER A EMBRIAGUÊS DOS BROTHERS... É QUASE TODO DIA CENAS INDIGNAS DE UMA TV ABERTA... SE ISSO NÃO FOR APOLOGIA ENTÃO O QUE É?

GLOBO NÃO QUERO MAIS TE VER POR AQUI!

O Big Brother Brasil, com audiência em queda livre, resolveu apelar nesta edição e liberar vodca e cerveja nas festas, fazendo apologia da embriaguez, para ver se "dopava" a audiência. Dopando os participantes com álcool, eles tendem a rebaixar a autocrítica, perdem o bom senso em frente às câmaras, e os vexames, barracos e baixarias vem à tona, causando polêmica e audiência.Mas essa estratégia da produção, se surtiu efeito na audiência, foi negativo, porque sobraram cenas de bêbados chatos, cambaleando e discutindo com fala enrolada, grogues.Mas o mais curioso é que, num programa onde cada centímetro de merchandising valia ouro, no rótulo das latas estava escrito "Cerveja Big Brother", sem nenhuma marca querendo se associar aquela coisa.A indústria de cerveja, cuja publicidade já é alvo de muita contestação e processos, percebeu que cenas de embriaguez era clara propaganda negativa.Achou melhor não aparecer, e deixou o vexame, as baixarias, a irresponsabilidade social da apologia à embriaguez e dopagem, por conta só da TV Globo.

CARNAVAL... A NUDEZ DA VERDADE

VEJA ESTE EDITORIAL... POUCAS VEZES SE OUVIU UM COMENTÁRIO TÃO CONTUNDENTE SOBRE O CARNAVAL DENTRO DE UMA TV... PARABÉNS PELA CORAGEM E OUSADIA RACHEL!

ASSISTA E COMPROVE...

http://www.youtube.com/watch?v=K-qTI9y2jAA&NR=1

FALTOU ELA DIZER QUE O NEGÓCIO TAMBÉM É O DA PUBLICIDADE NA TV, PRINCIPALMENTE NA GLOBO... IMAGINA O LUCRO...